Fruto que pode ser consumido com ingredientes como paçoca, granola, leite em pó, mel, e, até mesmo, leite condensado, o açaí não apenas caiu no gosto dos brasileiros, como também ganhou o mundo. Prova disso, foram produzidas mais de 1 milhão e 500 mil toneladas do fruto em 2020. Além disso, as exportações cresceram quase 15.000% nos últimos dez anos, como mostram os dados da Fiepa (Federação das Indústrias do Estado do Pará), publicados pelo Portal Amazônia.
Em 2011, pouco mais de 40 toneladas foram vendidas para o exterior, número que passou para 5.937 toneladas em 2021. Aliás, o setor deu um salto de 51% entre 2019 e 2020, segundo a mesma publicação. O estado do Pará é o maior consumidor interno e maior exportador da fruta : 95% da produção nacional sai do estado na forma de polpa congelada.
Reinaldo Pinto dos Santos, cofundador e presidente da TWB Bahia Transportes Marítimos – com sede em Guarujá (SP), que atua nos segmentos de construção naval e transporte de passageiros (travessias litorâneas) no litoral do país -, observa que este ano houve uma diminuição significativa da oferta do açaí por conta da quebra de safra ocasionada por condições climáticas desfavoráveis ao desenvolvimento das palmeiras.
“Em algumas regiões produtoras, passamos trinta dias sem chuvas nas ilhas. Isso deixa o solo seco, a planta se estressa e não cacheia tanto quanto se esperava”, informa. “Devido à produtividade menor, a oferta caiu e, com isso, os preços pagos pelos empresários pela matéria-prima quase dobraram. Como resultado, o setor já opera aquém da sua capacidade e tem dificuldades de atender as demandas de fora do estado e do exterior”, complementa.
“Embaixador da Amazônia”
Santos destaca que nos últimos anos o açaí se tornou conhecido em todo o mundo por conta de suas propriedades energéticas, sendo um “embaixador da Amazônia”, reconhecido como um produto típico da região.
“Estão em andamento pesquisas que estudam os benefícios do consumo do açaí, assim como a versatilidade de sua aplicação – inclusive, na indústria de fármacos e cosméticos”, pontua. “A alta procura internacional pelo produto ocorre ao mesmo tempo em que o consumo tradicional pelos moradores da Amazônia também só aumenta”, afirma.
O empresário conta que os principais países importadores do açaí brasileiro são os Estados Unidos – um consolidado parceiro comercial do Brasil -, seguido pelo Japão, Austrália, Alemanha, Bélgica, Cingapura, França, China, Holanda e Portugal.
Transporte marítimo é peça-chave para a exportação
Santos ressalta que o transporte marítimo tem um papel-chave para exportação do açaí: “Existem detalhes que precisam ser considerados no planejamento de uma exportação, ainda mais se o produto for congelado. Destacam-se alguns como: Infraestrutura, sendo necessário possuir a infraestrutura de armazenamento do açaí necessária para a quantidade importada, média de -18 graus”.
Para concluir, o presidente da TWB Bahia Transportes Marítimos cita a importância do técnico ou agente: “Ter um responsável técnico ou agente aduaneiro no país de destino é fundamental para a exportação de produtos como o açaí. Ele servirá para auxílio em aspectos legais e técnicos sobre a importação e comercialização alimentar na região”.
Usuários corporativos ganham ainda mais segurança contra phishing e adotam a autenticação sem senha desde…
Relatório da fintech canadense Nuvei mapeia tendências e oportunidades em mercados de alto crescimento no…
A lei que autoriza o comércio dos títulos é de 2023 e a projeção é…
Empresa de São Paulo é certificada para implantar e prestar suporte ao sistema IRIS de…
Mulheres representam apenas 17% dos cargos de presidência no Brasil, apesar da crescente presença no…
O investimento apoia a expansão contínua dos recursos de IA e inteligência comercial para mais…