Arte digital pauta a A 18ª edição do Festival Internacional de Linguagem Eletrônica (File), que será realizado em São Paulo até setembro
A 18ª edição do Festival Internacional de Linguagem Eletrônica (File), um dos maiores encontros do país sobre arte e tecnologia, começou na segunda-feira, 17, e ficará em cartaz até 3 de setembro no Centro Cultural da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), na capital paulista, com mais de 350 obras, incluindo instalações interativas, obras de realidade virtual, animações, games e mostra de videoarte, além de oficinas gratuitas.
“Este é um festival que acontece há 18 anos e a gente vem, ao longo desse tempo, tentando estimular, promover e divulgar as produções estéticas que são feitas para essa área [arte digital]. O File é uma plataforma cultural que estimula o desenvolvimento desses projetos e anualmente tem a oportunidade de exibir e compartilhar com o público”, disse a curadora Paula Perissinotto durante abertura do evento. Ela criou o festival junto com Ricardo Barreto.
Black Hole Horizont, do alemão Thom Kubli, é uma obra que chama a atenção dos visitantes, com a formação de grandes bolhas de sabão a partir do som emitido por três buzinas. Formada por aparelhos parecidos com buzina de navio, a obra é uma máquina que transforma o som em objetos tridimensionais – as bolhas que se espalham pelo espaço da exposição.
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A escultura interativa Perfect View, do canadense Daniel Jolliffe, representa o desejo das pessoas de mostrar sempre seu melhor lado. O público vai encontrar um vaso – de um lado em perfeito estado e de outro todo danificado – que gira quando alguém se aproxima, ajustando sua posição para que o visitante visualize sempre o lado perfeito do objeto, escondendo as imperfeições.
Durante o evento, oficinas com educadores da ciência da computação e artistas buscarão uma imersão experimental na essência da linguagem binária. O objetivo é a transferência de conhecimento e a pesquisa sobre o uso da computação para fins artísticos, difundindo a tecnologia como linguagem criativa e como processo de desenvolvimento artístico.
“A ideia das oficinas é oferecer para o público gratuitamente o acesso a um certo conhecimento que muitas vezes tem que se pagar muito caro para ter. Durante essa primeira semana do festival, a gente abre essas oficinas em que as pessoas podem ter contato com profissionais que já desenvolvem trabalhos nessa área e adquirir algum conhecimento”, destacou Paula.
O público poderá participar também de conversas com artistas que têm obras expostas no festival, sobre os conceitos e os processos utilizados por eles. Nesta edição, os bate-papos serão com Amy Karle e Faiyaz Jafri. A estadunidense Amy Karle é a criadora da Coleção Interna, conjunto de peças de roupa desenvolvidas por meio de recursos tecnológicos e inspiradas na anatomia humana. Co-fundadora da Conceptual Art Technologies, ela foi considerada uma das “mulheres mais influentes em impressão 3D”, segundo a organização do festival.
O festival de arte digital será realizado em vários espaços do Centro Cultural Fiesp, localizado na avenida Paulista, 1313, até 3 de setembro. Outras informações sobre o evento estão nos sites do File e da Fiesp.
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