A oferta de eletricidade por fontes de energia limpa precisa dobrar nos próximos oito anos para limitar o aumento da temperatura global. A estimativa é de agências internacionais, como a Organização Meteorológica Mundial (OMM) e Organização das Nações Unidas (ONU), que ressaltam, ainda, a necessidade de os investimentos para a emissão líquida zero até 2050 serem triplicados.
A OMM ressalta que o setor energético produz cerca de três quartos das emissões globais de gases de efeito estufa e reforça ser essencial, para o bom andamento do século 21, a transição para meios limpos, como o solar, e a melhoria da eficiência energética. Destaca também que tal objetivo somente será alcançado se for duplicado o fornecimento de eletricidade de baixa emissão nos próximos anos.
Ainda de acordo com a OMM, essa urgência ocorre em meio à estimativa de que, até 2050, as necessidades globais de eletricidade terão crescimento ao longo dos anos. Neste âmbito, destacam-se os países da África, dado que o continente detém 60% dos melhores recursos solares mundiais.
Já na América do Sul, o setor segue uma tendência de crescimento no Brasil. Segundo a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica, o país ultrapassou a marca de 19 gigawatts (GW) de potência instalada da fonte solar fotovoltaica e ocupa o terceiro lugar em geração de energia, ficando atrás somente da eólica e da elétrica.
Para o fundador e principal executivo do Latin American Quality Institute (LAQI), Daniel Maximilian da Costa, essas transições estão totalmente atreladas ao mundo empresarial e as configuram também como oportunidades e geração de postos de trabalho.
“Além de uma necessidade relacionada ao meio ambiente, que é pauta constante nas corporações, as transições para fontes de energia limpa refletem, inclusive, na criação de empregos. De acordo com a Organização Internacional do Trabalho, nos últimos anos, o setor chegou a 12,7 milhões de vagas abertas. Resumindo, essa medida traz uma série de benefícios”, conclui.
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