A cadeia agroindustrial da carne é composta de vários processos, que vão desde o produtor de insumos até o consumidor final, passando pelas fases de produção e manuseio industrial do produto. O fosfato bicálcico tem emergido como uma peça-chave na produção animal brasileira. Esse composto químico é um importante componente das rações animais, contribuindo significativamente para a saúde e o bem-estar dos animais.
Dados da Revista Agronomia Brasileira mostram que rações balanceadas, ricas em fosfato bicálcico, são cruciais para manter a saúde dos animais, além de garantir a eficiência produtiva. Um animal bem nutrido tem maior resistência a doenças, cresce mais rápido e produz carne de melhor qualidade. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2022, a produção de carne bovina brasileira aumentou em 5% – um crescimento que especialistas atribuem, em parte, à melhoria da alimentação animal.
A qualidade da carne brasileira, consequentemente, tem um impacto direto no mercado internacional. O Brasil é um dos maiores exportadores de carne do mundo, com presença em mais de 150 países. No primeiro semestre de 2022, as exportações de carne bovina brasileira alcançaram o valor o de 7,4 bilhões de dólares, segundo a Associação Brasileira de Indústria Exportadora de Carne (ABIEC).
Neste ano, o Brasil renovou o recorde de exportação de carne bovina no mês de junho. Isso porque em maio o país embarcou 192,7 mil toneladas em carne bovina – valor histórico para o período do ano. De acordo com avaliação da FarmNews, a expectativa é que o mercado de exportação de carne bovina do Brasil siga em crescimento na segunda metade de 2023 e contribua para manter a expectativa de preço do boi gordo mais altos na entressafra.
Toda essa expectativa de aumento no volume de vendas tem início na indústria química, que fornece o fosfato bicálcico para a indústria de ração animal – parte importante da cadeia agroindustrial da carne. De acordo com José Rosenberg, diretor-presidente da Katrium Indústrias Químicas, o fosfato bicálcico é fundamental para o desenvolvimento dos animais, já que é uma das principais fontes de cálcio e fósforo, nutrientes essenciais para a formação e manutenção dos ossos e dos dentes.
“Além do impacto direto na saúde animal e na qualidade da carne, a utilização do fosfato bicálcico nas rações tem repercussões econômicas significativas. Investir em rações balanceadas e de alta qualidade não é apenas uma questão de bem-estar animal, é também uma estratégia de negócios inteligente”, diz Rosenberg.
A adoção de uma dieta balanceada para os animais de produção é um fator decisivo para a sustentabilidade do setor pecuário. Rações de qualidade e bem balanceadas diminuem o tempo necessário para que os animais atinjam o peso ideal para abate, reduzindo o impacto ambiental da produção de carne.
“O fosfato bicálcico não é apenas um componente das rações animais, mas um aliado estratégico para o futuro do setor pecuário brasileiro. Com o equilíbrio certo de nutrientes, os produtores podem garantir a saúde dos animais e a qualidade da carne, ao mesmo tempo em que permanecem competitivos no mercado global”, diz o executivo da Katrium.
O Brasil é conhecido por sua robusta indústria agropecuária, mas enfrenta o desafio contínuo de manter a saúde animal, a qualidade dos produtos e a competitividade econômica. Neste cenário, o fosfato bicálcico, um dos ingredientes essenciais das rações animais, desempenha um papel fundamental.
Vale dizer que o uso do fosfato bicálcico em rações animais também é uma questão de segurança alimentar. Os consumidores estão cada vez mais conscientes sobre o que estão comendo. Eles querem saber que a carne que consomem é segura, saudável e proveniente de animais bem cuidados. O acesso a uma ração de qualidade é parte crucial disso, criando um ciclo virtuoso de desenvolvimento e crescimento econômico.
“Trata-se de uma situação de ganho mútuo”, comenta José Rosenberg. “Quando a indústria de ração animal prospera, ela demanda mais insumos de qualidade, como o fosfato bicálcico. Isso impulsiona a produção e a inovação na indústria química, gerando empregos e crescimento econômico. Em última análise, o sucesso de cada um desses setores contribui para uma economia mais forte e mais resiliente”.
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