O jornalista Paulo Nogueira, do Diário do Centro do Mundo (DCM), morreu na noite de quinta-feira, 29, em São Paulo. Ele enfrentava um câncer no fígado
O jornalismo brasileiro perdeu uma personalidade que se destacou por ocupar cargos de gestão nas duas maiores editoras de revistas do país – Abril e Globo – e se reinventou na mídia online ao criar o seu próprio site, o Diário do Centro do Mundo. Fundador e diretor editorial do DCM, sigla pela qual o projeto é reconhecido pelo público, Paulo Nogueira morreu na noite de quinta-feira, 29, em São Paulo.
Paulo Nogueira tinha 61 anos e há 10 meses lutava contra um câncer, conforme informou o seu irmão e parceiro no comando do DCM, Kiko Nogueira. O jornalista foi acometido com tumor no fígado. Essa, porém, não foi a sua primeira batalha contra a doença. Em 2000, quando respondia pela direção das revistas masculinas da Editora Abril, ele já tinha enfrentado outro câncer, tendo de passar por procedimentos para extrair um tumor no rim.
Em texto publicado na madrugada desta sexta, Kiko não poupou elogios ao irmão. Segundo ele, o trabalho e as qualidades de Paulo Nogueira permanecerão vivos nas memórias de familiares, amigos e do público. “[Ele] Nunca foi santo. Era duro. Era também de uma paciência infinita. Fez companheiros para a vida toda nas redações e revelou vários talentos. Fez inimigos, também, como todo grande homem”, definiu Kiko, que seguirá à frente do DCM, projeto liderado por seu irmão desde 2009.
A morte de Paulo Nogueira entristeceu outros jornalistas que trabalharam diretamente com ele, como o repórter Joaquim de Carvalho. Articulista-parceiro do Portal Comunique-se e repórter do DCM, Pedro Zambarda usou o perfil que mantém no Facebook para externar seus sentimentos e informar que aprendeu muito ao trabalhar com o idealizador do Diário do Centro do Mundo. “Paulo Nogueira transformou meu texto numa linha muito mais simples, direta e argumentativa. E ele fazia os textos dele desta forma. Por isso eles viralizavam”, escreveu Pedro.
Dedicado ao longo dos últimos anos ao projeto que desenvolveu na internet, Paulo Nogueira fez carreira na mídia impressa, conforme foi endossado por entrevista concedida ao projeto Draft. Filho do jornalista Emir Nogueira, ele começou no jornalismo na redação da Folha e depois foi para a Veja, onde permaneceu por dez anos. Ainda na Editora Abril, foi editor da Veja São Paulo, editor e diretor da Exame, diretor do núcleo das revistas masculinas e superintendente de negócios. Contratado pela Editora Globo em 2006, foi diretor editorial e correspondente em Londres — cidade onde começou a dar vida ao DCM.
O corpo de Paulo Nogueira será elado Cemitério Gethsêmani, no distrito paulistano do Morumbi, até às 15h desta sexta-feira, 30.
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