O negócio é o seguinte, em poucas linhas: futebol dá grana e entrevista com jogador ídolo dá Ibope. Neymar, por exemplo, rende audiência. Todo mundo quer entrevistá-lo.
Neymar só quer ser entrevistado por quem o bajule. Críticas? Reportagem séria? Nem pensar. Pergunta fora do script “como você conheceu a Bruna”? Nem sonhando.
O que isso provoca? Um séquito de puxa-sacos que não estão nem aí para o jornalismo e para a informação. Um séquito de papagaios amados por assessores e jogadores. Se não for isso, esquece entrevista. Entrevistas cada vez mais decoradas, chatas, lotadas de cacoetes publicitários.
As imagens positivas propagadas por jornalistas aumentam o cachê dos moços – e da sua equipe e amigos, vale ressaltar.
Boa parte da imprensa, até para não perder o emprego, foi entrando nesse jogo. Criou-se uma condição de lugares comuns. “Joãozinho treinou bem nessa manhã”. Ou a máxima “Fulano passou fome e hoje sustenta uma ação social na Baixada”.
Não importa que Joãozinho bebeu todas na noite passada e está dando um “migué”. Com fotos e tudo. Não importa que Fulano está lavando dinheiro na ONG e está quase sendo preso no exterior. O negócio é a entrevista para ver se aumenta a audiência e, quem sabe?, cobrar também um aumento no fim da temporada.
No meio disso tudo há a briga por direitos de imagens das emissoras, que estão aterrorizadas com as chances de X times serem ligados à TV Globo e X times serem ligados ao Esporte Interativo.
“A relação entre a Rede Globo e Neymar está estremecida desde a Olimpíada, justamente por críticas de Galvão Bueno ao atacante durante a competição. Na época, o jogador comentou aos amigos não ter o interesse em atender pedidos da emissora”.
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Por Thiago Gomide. Jornalista formado pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ). Idealizado do projeto Tá Na História e coordenador de projetos da MultiRio.
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