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GDR Holding arrenda frigorífico e gera 700 empregos

São Paulo 13/7/2020 –

A GDR Holding Investimentos, que atua nas áreas de proteína animal, metalúrgica, construção civil, grãos, plantação de eucalipto, shopping e restaurantes, arrendou um frigorífico em Goianira, Goiás, e vai gerar 700 empregos diretos em meio à crise econômica que atinge o planeta. O investimento inicial no negócio foi de R$ 24 milhões e faz parte de um plano de expansão no segmento de carnes, com operação futura também no Uruguai e Paraguai. A estimativa de faturamento médio é de R$ 100 milhões/mês, nesta primeira etapa.

A unidade deve abater cerca de 900 bovinos/dia, com exportações previstas para cerca de 20 países, entre os quais, a China, Rússia, além de nações do Oriente Médio e da África. Segundo o presidente da GDR Holding Investimentos, Diego Gonsales dos Reis, a operação deve proporcionar entre 13% a 15% de geração de caixa, com criação de empregos diretos, em sua maior parte de ‘chão de fábrica’. Muitos dos trabalhadores que foram desligados na operação anterior serão recontratados. A planta industrial locada já era muito produtiva e munida de alta tecnologia de processamento, e permaneceu arrendada durante 14 anos para o grupo JBS e para o grupo Minerva.

A força de trabalho com 700 profissionais será destinada em sua maioria para as atividades de curral, matança e desossa. Como boa parte já atuava no setor, não deve haver dificuldades no dia a dia, nem exigirá treinamento específico. A perspectiva para a economia local é que haja arrecadação em tributos entre R$ 20 milhões e R$ 30 milhões, além de outros recursos, que devem gerar ainda mais empregos indiretos. “Nossa política é de crescer com sustentabilidade. Essa expansão está no nosso DNA e queremos estar no meio dos grandes para aprender com eles também”, expõe Reis.

Novos Mercados

O planejamento estratégico no negócio da carne tem ainda o objetivo de colocar em operação em breve mais duas unidades frigoríficas na América do Sul. Até o final deste ano, a ideia é estar operando mais um frigorífico arrendado no Paraguai e outro no Uruguai. As duas operações estão bem encaminhadas. O investimento nas plantas do Paraguai e Uruguai é de aproximadamente U$ 30 milhões, metade para cada um. A estimativa quanto ao primeiro é que gere entre US$ 40 milhões e US$ 50 milhões, com margem de 18% de Ebtida (valores dos lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização). Como a operação é muito rentável no Uruguai, a expectativa é que o faturamento permaneça em torno de U$ 15 milhões e deve deixar em torno de 20% a 25% em caixa no primeiro ano.

Reis explica que há várias indústrias frigoríficas no País operando com arrendamento e o momento sugere ser uma forma muito oportuna de funcionamento para o setor, uma vez que não descapitaliza tanto e é possível colocar em produção durante cinco anos com boa margem de lucro. Esse tipo de contrato de parceria, no seu entender, é uma ótima alternativa para aquelas indústrias de processamento de carnes que atualmente estão sem caixa ou descapitalizadas.

Outro fato que colabora com o investimento no mercado brasileiro da carne bovina é que os Estados Unidos, um dos tradicionais exportadores do produto, estão com cerca de 70% dos seus frigoríficos parados e por isso têm comprado cortes bovinos do Brasil. “Os norte-americanos sempre foram autossuficientes em carne, mas diante desse momento de pandemia o interesse deles no mercado externo aumentou e esse nicho se aqueceu”, relata o presidente da GDR Investimentos.

“Há outros segmentos no mundo que precisam de comida e há demanda de parceiros internacionais à procura de investimentos. Vemos a China absolutamente carnívora e se cada chinês comesse um bife por dia não teríamos mais boi por aqui”, diz Reis, salientando, porém, que o consumo de carne suína e frango ainda é maior naquele país.

Expansão

Mesmo diante do desânimo que se instala no cenário atual da economia, o executivo acredita que “possa ser o melhor momento para investir pouco e ganhar bastante”. Isso pela simples razão que todos precisam necessariamente de se alimentar. Há inclusive informações de mercado, de que no transcorrer da pandemia houve crescimento de consumo nas categorias de alimentos e de higiene em comparação com períodos de normalidade.

O executivo também destaca que os países do Oriente Médio cada vez mais apreciam esse tipo de carne e, portanto, a demanda está aumentando naquela região. “Eles sempre consumiram muito frango, porém nos últimos oito anos estão ingerindo bem mais as proteínas originárias do gado brasileiro”, afirma ele. “O Brasil alimenta o mundo, que precisa de comida, por isso os olhos de muitos países estão voltados para aqui”.

Diego Gonsales dos Reis conta que da China chega pedido de cliente de 10 mil toneladas/mês, mas admite que ainda não consegue atender toda a demanda. Do Oriente Médio a escala é menor, mas o preço é melhor. O mercado russo é muito bom no momento, assim como o do Irã e Egito, que pagam em Euro. A África apresenta demanda crescente, bom potencial e uma apreciação muito positiva da carne bovina. Os destaques daquele mercado são Angola e Moçambique, entre outros países.

Modus operandi

Sobre a nova operação no Brasil, a companhia havia enviado pessoal técnico de operação e engenharia, que em seus relatórios deram total aval para o prosseguimento e concretização dos negócios. Contatos do GDR Holding estão sendo realizados com a prefeitura de Goianira para uma apresentação corporativa, estreitar relações e melhorar os entendimentos para parcerias e suporte.

Aberta oficialmente em 2016, a GDR Holding operava primeiramente apenas na metalurgia. Ao perceber a oportunidade de mercado, deu início ao segmento de proteína animal com o consequente processamento e armazenagem de carnes. Hoje, continua na metalurgia, e também negocia grãos (soja, milho, arroz e feijão), além de commodities como o algodão. No momento, também está entrando na área florestal e produção de celulose.

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Anderson Scardoelli

Jornalista "nativo digital" e especializado em SEO. Natural de São Caetano do Sul (SP) e criado em Sapopemba, distrito da zona lesta da capital paulista. Formado em jornalismo pela Universidade Nove de Julho (Uninove) e com especialização em jornalismo digital pela ESPM. Trabalhou de forma ininterrupta no Grupo Comunique-se durante 11 anos, período em que foi de estagiário de pesquisa a editor sênior. Em maio de 2020, deixou a empresa para ser repórter do site da Revista Oeste. Após dez meses fora, voltou ao Comunique-se como editor-chefe, cargo que ocupou até abril de 2022.

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