São Paulo, SP 26/6/2020 – Como reflexo da Covid-19, as empresas precisarão reduzir custos e realocar esse gasto para novos investimentos ou pagamento de dívidas
No Brasil pós-pandemia, a economia de custos e a segurança ganharão ainda mais destaque na agenda das empresas. Nesse contexto, o setor de gestão de frotas corporativas vem resistindo à crise e apostando em soluções tecnológicas como a telemetria para crescer no mercado nacional.
A expansão no país, inclusive, está no radar de companhias multinacionais. É o caso da Pointer do Brasil, de origem israelense e que foi adquirida em março do ano passado pela norte-americana PowerFleet®. Com cerca de 50 mil veículos rastreados localmente, entre carros, caminhões e implementos rodoviários, a empresa espera ampliar o faturamento em mais de 80% nos próximos três anos. Nos últimos dois meses, a crise reduziu em apenas 2% a receita.
Estima-se que apenas 2,5 milhão dos mais de 107 milhões de veículos leves e pesados que integram as frotas corporativas no Brasil contam com telemetria, ativo que pode gerar economia média de 20%. “Como reflexo da pandemia, as empresas precisarão aderir a ferramentas que possibilitam reduzir custos e realocar esse gasto para novos investimentos ou pagamento de dívidas”, comenta o CEO Daniel Schnaider.
Além disso, o recrudescimento do crime organizado deve ser uma consequência natural do aumento do desemprego e da queda da renda. “Essa tendência exigirá a implementação de soluções que minimizem ocorrências como furtos dos veículos e roubos de cargas”, acrescenta.
Tecnologia além da simples segurança
Muito além do rastreamento, a possibilidade de monitorar os automóveis à distância e em tempo real oferece às empresas informações muito mais preciosas. Ferramentas como a telemetria mensuram se a conduta do motorista no comando do veículo está adequada ou se existe alguma avaria que comprometa o desempenho.
A partir dos indicadores gerados, é possível detectar quem é o motorista à frente do carro, o quanto ele gastou de combustível, em quais horários e viagens, além da velocidade média. Também pode ser observado o tempo de ociosidade do automóvel, o que fornece subsídios concretos para avaliar se o tamanho da frota é compatível com sua utilização. “Cruzando esses dados com a velocidade, as condições meteorológicas e das vias percorridas, temos elementos contundentes para revisar o comportamento do condutor”, analisa.
Todas essas respostas viabilizam, inclusive, um aprimoramento da gestão de recursos humanos. De posse dessas informações, as empresas podem elaborar uma campanha de incentivo que institua pontuações em troca da concessão de prêmios aos condutores mais responsáveis. Na hipótese de a frota ser destinada ao departamento comercial, pode-se comparar os resultados de vendas com o deslocamento dos carros.
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