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Gestão de risco de commodities: como funciona a área

Quando se fala em carreiras relacionadas ao campo, é provável que a maioria das pessoas pense imediatamente em profissões como engenheiros agrônomos e zootecnistas. Entretanto, há uma figura importante que muitos não conhecem: o profissional de gestão de riscos de commodities.

O conceito de commodities abrange produtos de origem primária produzidos em larga escala e de vital importância para a economia global, além de servir para diferentes propósitos. No caso do agronegócio, podem ser citados como exemplos: soja, milho, trigo, algodão, carne bovina, suína e de aves.

Logo, como o próprio nome diz, o profissional de gestão de riscos de commodities é aquele que monitora constantemente os mercados, identifica se há tendência de os preços subirem ou caírem, antecipa possíveis problemas, desenvolve estratégias e oferece soluções aos seus clientes; e dessa maneira, muitas vezes, também empregando instrumentos financeiros.

Essa especialidade não atua somente no agronegócio, mas em outras indústrias ligadas a commodities, como a de aviação comercial, em que os preços dos combustíveis fósseis consumidos seguem de perto os preços internacionais do petróleo e seus derivados.

A explicação é de Rafael Harada, CEO e cofundador da Virtus Advisors, empresa que presta serviços de consultoria, avaliação de riscos e planejamento estratégico para produtores rurais. “O profissional precisa, além de conhecer muito sobre os mercados específicos, entender todas as dimensões de risco envolvidas”, afirma. 

Os riscos são variados, alguns deles sendo: fatores climáticos, fatores macroeconômicos e microeconômicos, conflitos armados e questões geopolíticas, que podem impactar um determinado setor ou produto. 

A Guerra na Ucrânia, por exemplo, fez o preço do trigo, milho e óleos vegetais disparar logo após a eclosão do conflito, em 2022, segundo notícia publicada no site oficial da Organização das Nações Unidas (ONU). Isso porque Rússia e Ucrânia respondem, juntas, por quase 30% das exportações globais de trigo e 80% de girassol, como menciona o texto.

Nesse contexto, cabe ao profissional de gestão de riscos de commodities orientar o seu cliente ou a empresa em que trabalha sobre como agir estrategicamente a partir de uma visão que mescle conhecimentos em economia, administração, oferta, demanda e as próprias características do produto em questão.

“Estar atualizado em termos de tecnologia também é muito importante, mas o principal desafio é ter segurança sobre premissas e dados, a fim de evitar surpresas desagradáveis”, avalia Harada. 

Com ampla experiência na área, incluindo ter ocupado o cargo de head global de gerenciamento de riscos da gigante do ramo alimentício JBS, Harada é enfático ao definir a importância da profissão. “A gestão de riscos bem feita pode ser a diferença entre o sucesso e o fracasso de uma empresa de commodities”, pontua. 

Para saber mais, basta acessar: https://www.linkedin.com/in/rafael-harada/

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