O Google anunciou que está desenvolvendo alguns projeto focados em ajudar na evolução do paywall para o consumo de notícia. De acordo com o gigante das buscas, as novidades são fruto de reunião com editores jornalísticos e fazem parte de plano de criação de soluções que funcionem para todos – veículos grandes, pequenos, locais e internacionais.
“Embora, as últimas pesquisas tenham demonstrado que as pessoas estão acostumadas a pagar para acessar notícias, o processo – algumas vezes trabalhoso – de fazer um cadastro pode levar as pessoas a desistirem. Isso não é bom para os usuários e nem para os editores que enxergam as assinaturas como uma fonte cada vez mais relevante de receita”, diz a empresa.
A primeira solução criada pelo gigante das buscas é o Flexible Sampling (Amostragem Flexível, na tradução livre), que substitui o First Click Free (Primeiro Clique Grátis). No modelo antigo, os editores eram obrigados a ofereces no mínimo três artigos gratuitos por dia, por meio da Busca e Google Notícias, antes que as pessoas fossem direcionadas a um paywall.
Agora, com o Flexible Sampling, os editores decidirão quantos artigos gratuitos, se houver, desejam oferecer a potenciais assinantes, de acordo com suas estratégias de negócios. De acordo com a empresa, a mudança tem como base pesquisas feitas internamente, comentários dos editores, além de testes feitos por vários meses com veículos como New York Times e o Financial Times.
Consultor do presidente do New York Times, Kinsey Wilson afirma que a decisão do Google de permitir que editores determinem quanto conteúdo gratuito os leitores podem acessar por meio busca é uma evolução positiva. “Estamos animados com a vontade do Google em apoiar novos modelos de assinatura e também empolgados em continuar trabalhando com eles na criação de soluções inteligentes”.
Para o Google, a ideia é que o acesso gratuito aos conteúdos, em formato degustação, é uma forma de convencer as pessoas a comprarem assinaturas. Aos veículos interessados em aderir ao Flexible Sampling, o site de pesquisas dá algumas dicas:
“Se for mensal, ao invés de diária, o paywall poroso permite que os editores tenham mais flexibilidade para testar o número de reportagens gratuitas oferecidas e encontrar as pessoas mais propensas a fazer uma assinatura.Para a maioria dos editores, 10 artigos gratuitos por mês é um bom ponto de partida”, informa o site.
Além de estudar mudanças no paywall, o Google informou que está analisando como pode simplificar o processo de pagamento, facilitando para que seus usuários consigam tirar o maior proveito de assinaturas em todas as plataformas. O cadastro no site, a criação e memorização de senhas e a necessidade de inserir dados do cartão de crédito são complicações que o giante das buscas pretende resolver.
Para isso, a empresa está utilizando suas tecnologias de pagamento e identificação para ajudar as pessoas a fazerem assinaturas de publicações com um único clique e, em seguida, acessar conteúdo a partir de qualquer lugar – seja no site ou aplicativo da editora, no Google Play Banca, na Busca ou no Google Notícias.
“Como os tipos de conteúdo de notícia e os modelos de assinatura são bem variados, estamos colaborando com editores do mundo todo para construir mecanismo de assinatura que possa atender às necessidades de variedade de modelos de negócio – em benefício tanto do setor de notícias quanto dos consumidores. Também estamos explorando como o Machine Learning (aprendizado de máquina) do Google pode ajudar os editores a reconhecer potenciais assinantes e apresentar a oferta certa para o público certo no momento certo”, disse a companhia.
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