“No dia 26 de fevereiro o Habib’s, como toda a sociedade, assistiu, chocado, à interrupção da curta vida de João Victor. Por tudo o que ocorreu, com tristeza, vimos nossa marca e todos os nossos colaboradores injustamente associados à morte do João Victor”. Com estas palavras, o Habib’s falou sobre a polêmica em que esteve envolvido, após o incidente ocorrido com o adolescente de 13 anos, em um de seus restaurantes na Zona Norte de São Paulo.
Na data relatada pela marca em carta enviada à imprensa na manhã desta quarta-feira, 15, o Habib’s afirma que João Victor Souza de Carvalho esteve em sua loja da Avenida Itaberaba, na Vila Nova Cachoeirinha, e após ameaçar funcionários e clientes com um pedaço de pau, teria sido vítima de mal súbito e não resistiu. O texto contém informações da Polícia Civil –responsável por investigar o caso – e dados do Instituto Médico Legal (IML) sobre a causa mortis do garoto.
Funcionários da rede estavam sendo acusados de agressão pela família João Victor, por terem “arrastado” o corpo do garoto de volta ao estabelecimento após o mal súbito – atitude que a rede destacou reprovar. De acordo com reportagem da Veja, a mãe do adolescente teria ido a lanchonete após o ocorrido e, no local, alguns clientes contaram que teriam presenciado o garoto atacado na frente da lanchonete pelos seguranças. Com as informações, familiares e amigos da vítima fizeram protesto em frente à loja e a marca Habib’s passou a ser alvo de campanhas de boicote nas redes sociais.
Quando João Victor foi levado ao hospital – ainda de acordo com matéria da Veja –, seu pai confirmou que o jovem era usuário da droga lança-perfume. A rede de fast food salienta que a substância foi a causa real da morte do garoto, de acordo com o IML: “…a morte ocorreu de forma súbita e teve origem cardíaca, relacionada ao uso de substâncias entorpecentes/ilícitas”.
“Sofremos boicotes, funcionários foram ameaçados, clientes foram intimidados e recebemos manifestações nas nossas portas, além de acusações, críticas e imputações injustificadas vindas das mais diversas fontes, até que o laudo oficial do Instituto Médico-Legal revelou a real causa da morte”, disse o Habib’s.
Na carta, a marca falou ainda sobre as decisões que tomou em relação ao episódio, afirmando que mesmo que nos primeiros momentos o silêncio a prejudicasse, atendeu a situação “da forma mais responsável possível”, aguardando a apuração dos fatos e a manifestação das autoridades envolvidas e do poder público. Além disso, a companhia afirmou ter se colocado à disposição da família para ajudá-la e afastado imediatamente os funcionários envolvidos.
“Enquanto buscávamos entender o que de fato aconteceu, o tribunal das redes sociais e da opinião pública já havia emitido seu veredito. Não é a toa que a palavra do ano, segundo o Dicionário Oxford, é “pós-verdade”, declarou a rede.
De acordo com o Habib’s, a carta foi escrita com a intenção de levar a público as informações derivadas das investigações, dos relatos, dos documentos oficiais, dos laudos e dos fatos que se desenrolaram após a morte do adolescente. Ao fim da mensagem, a marca destaca projetos sociais que apoia e desenvolve em prol de afastar crianças e adolescentes das drogas.
“O Habib’s e seus 18.000 funcionários lamentam profundamente os fatos ocorridos e se comprometem a manter e ampliar seus projetos sociais direcionados às crianças, acreditando num futuro melhor para nosso país”, finaliza a companhia.
Leia aqui o comunicado do Habib’s.
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