Prevenir é melhor do que remediar. O ditado popular presente em rodas de conversas agora está reforçando um tema muito debatido entre os executivos de RH e Gestão de Pessoas: colaboradores saudáveis têm produtividade maior.
Os gestores de RH diariamente precisam lidar com cinco gerações: Baby Boomers (nascidos entre 1946 e 1964), Geração X (1965-1980), Geração Y ou Millennials (1981-1996) e Geração Z (1997-2010). Não é tarefa fácil, pois cada uma dessas gerações tem algumas características específicas e maneiras de pensar, agir, aprender e se comportar nos diferentes ambientes profissionais.
A forma de lidar com os benefícios também está mudando. Hoje, não basta apenas oferecer recursos, é preciso medir como estão sendo utilizados e seus impactos no ambiente de trabalho. Pesquisa DataFolha sobre uso de medicamentos, por exemplo, endossa essa tese: 87% da população brasileira compra os produtos do seu próprio bolso e 63,5% dos pacientes entre 40 e 59 anos têm alguma doença crônica, mas não seguem o tratamento. Logo, alguma consequência impacta o mundo corporativo:
“O Health Analytics usa o conceito de inteligência de dados. Tem como base o comportamento de consumo de medicamentos dos colaboradores e gera estatísticas que ajudam os gestores na detecção de possíveis problemas de saúde e na tomada de decisão para solucioná-los. Isso é possível por meio de um painel de dados com análises que mostram a presença de doenças crônicas, epidemias e outros indicadores na companhia”, diz Bruno Souza de Oliveira, Co-Founder & COO/CTO da Medipreço, startup que apostou na tecnologia e faz uso de dados e atendimento humanizado para melhorar a qualidade de vida de colaboradores em organizações.
Grandes empresas já adotaram o Health Analytics
Danone, Creditas, Leroy Merlin e Hypera Farma foram algumas das marcas que adotaram os benefícios do Health Analytics.
No caso da Danone, a companhia está disposta a mudar a relação de seus colaboradores com a própria saúde. Fundada em 1919 e presente em 120 países, a empresa do segmento alimentício lançou no início de 2020, antes mesmo da pandemia da covid-19, um programa inovador para refundar protocolos de autocuidado e a própria noção que o time tinha sobre bem-estar.
“Identificamos aspectos que estavam ultrapassados quando víamos a relação entre direito e dever na saúde. Na Constituição, a saúde é um direito da população e um dever do Estado. Entendemos que isso passa pela relação entre empregado e empregador — as pessoas acham que têm o direito de receber saúde, e o empregador precisa prover isso. O colaborador entende que o plano é dele, e ele usa do jeito que quer, e isso não traz benefícios para o colaborador ou para a empresa. A Danone trabalha muito a autogestão da saúde — fazer o funcionário entender que é responsável pelo seu próprio bem-estar. A missão é empoderar o danoner no cuidado com sua saúde, tendo a Danone como parceira”, explica José Maciel Filho, Gerente de Saúde Corporativa da multinacional.
A atenção com a saúde do danoner, termo usado pela empresa para se referir a seus colaboradores, foi dividida em quatro níveis. No primeiro estágio, a companhia colocou as ações voltadas a evitar que as pessoas adoeçam; no segundo, as iniciativas que cuidam de quem apresenta um quadro de doenças. O terceiro patamar refere-se aos quadros crônicos, e o ciclo termina com um trabalho de assistência social na quarta etapa. A Danone criou então um cabedal de ferramentas para prestar suporte a cada fase, com aplicativos para suporte a exercícios físicos, meditação e mapeamento da saúde mental.
“Foi uma reformulação de mindset, e uma mudança assim pode acontecer de duas formas. Você pode trabalhar o mindset e depois trazer ferramentas, e tínhamos a intenção inicial de seguir dessa forma, mas por causa da pandemia e da necessidade que houve nos dois anos precisamos mudar o formato. Colocamos in place as ferramentas e reformulamos o time de saúde como um todo”, conta Maciel Filho.
Custo médico-hospitalar é quatro vezes maior do que a inflação
Estudo da International Stress Management (ISMA) considerou a força de trabalho brasileira como a segunda mais estressada do mundo, sendo que 72% dos trabalhadores no Brasil sofrem de estresse e 32% de síndrome de burnout. Em dez anos, o número de funcionários que buscaram auxílio psicológico aumentou 250% segundo dados da consultoria Optum.
Quando esse quadro e outros, também crônicos que afetam a saúde e o bem-estar dos colaboradores, são associados ao momento econômico, o cenário fica ainda mais grave. O fato pode ser constatado por um estudo da Mercer March Benefícios: no Brasil, entre 2012 e 2019, o custo médico-hospitalar subiu impressionantes 149%. O crescimento é 4 vezes maior do que a inflação.
De fato, os gestores de RH estão preocupados com o aumento de turnover por baixa lealdade; baixa produtividade, engajamento e performance; planos de saúde cada vez mais caros e aumento de custos com afastamentos por doenças, absenteísmos e horas improdutivas causadas por problemas de saúde (presenteísmo). O conceito de Health Analytics veio para contribuir em tomadas de decisões que melhorem o ambiente de trabalho e, principalmente, a saúde dos colaboradores.
Mais informações: Medipreço
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