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Healthtechs agregam soluções que ajudam a reduzir custos com planos de saúde no Brasil

O número de startups de saúde, as denominadas healthtechs, duplicou no Brasil nos últimos anos de acordo com o relatório Distrito Healthtech Report Brasil 2020.

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São Paulo – SP 8/12/2020 –

De acordo com uma pesquisa promovida pelo Distrito, ecossistema independente de startups brasileiras, o número de healthtechs duplicou durante os últimos cinco anos no Brasil.

O relatório Distrito Healthtech Report Brasil 2020, que realizou o mapeamento entre os anos de 2016 e 2020, também observou que, além do aumento na quantidade de empresas no mercado, as que já existiam também passaram por aumento significativo em sua receita e abrangência.

Segundo um levantamento da KPMG, entre os anos de 2010 e 2017, as startups da área da saúde receberam 90% a mais de investimentos em comparação ao período anterior.

Atualmente, são 542 healthtechs no Brasil. Cinco anos atrás, esse número era de 265. Ainda que a progressão desse mercado tenha se mantido em constante crescente nos últimos anos, a pandemia ajudou a acelerar o desenvolvimento das healthtechs, alertam especialistas da área.

O que são healthtechs?

O termo é uma junção de duas palavras em inglês, health e tech, ou saúde e tecnologia, e serve para designar empresas que desenvolvem soluções tecnológicas para resolver problemas relacionados à gestão de saúde – como a oferta de serviços e a promoção de benefícios para assinantes, por exemplo.

Alguns dos principais pilares da atuação de empresas como essas são a medicina preventiva e preditiva, a gestão de serviços de saúde e o tratamento de doenças.

Por que elas são importantes para o setor da saúde?

De acordo com uma pesquisa executada pela Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), o tempo médio que um paciente leva para ser atendido na rede pública de saúde é de 493 dias, seja para consultas, exames ou cirurgias.

Nesse sentido, a aplicação de tecnologia na disponibilização de serviços de saúde – por vezes, utilizando a telemedicina – pode ser uma solução viável para as longas filas do Sistema Único de Saúde (SUS).

Para Márcio Mantovani – sócio-fundador do Clude, uma das healthtechs contabilizadas pelo estudo -, isso já é uma realidade: “Quando as pessoas assinam o nosso serviço ou as organizações passam a oferecê-lo como benefício ajudam a desafogar o SUS”.

Percebe-se, portanto, que a aplicação de tecnologias na área da saúde também pode ajudar mais pessoas a terem acesso a um atendimento de qualidade, tornando-se uma provável alternativa para quem não tem plano de saúde.

Qual é o panorama para as healthtechs no mercado?

Segundo o relatório Global Health Care Outlook de 2015, o setor da saúde é avaliado em US$ 7.2 trilhões. Um mercado com esse tamanho, é claro, demanda soluções novas, que possam combinar o uso da tecnologia sem perder de vista o elemento mais importante dessa equação: o paciente.

De acordo com Mantovani, “alinhar tecnologia, saúde e humanização para possibilitar que mais pessoas cuidem da sua saúde […] é a explicação para essa onda de healthtechs que estão surgindo”.

Ainda segundo o mesmo relatório, as healthtechs têm ajudado a resolver problemas como os custos de procedimentos, gerenciamento dos serviços e, até mesmo, a mentalidade dos usuários, que passam a aderir mais às empresas de tecnologia em saúde.

Apesar de oferecerem soluções para problemas antigos, a maioria das healthtechs no Brasil têm poucos anos de funcionamento, e ainda estão nos estágios iniciais de suas operações: metade das empresas analisadas pelo Distrito Healthtech Report Brasil 2020 têm cinco anos ou menos.

Website: https://www.clude.com.br

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Anderson Scardoelli

Jornalista "nativo digital" e especializado em SEO. Natural de São Caetano do Sul (SP) e criado em Sapopemba, distrito da zona lesta da capital paulista. Formado em jornalismo pela Universidade Nove de Julho (Uninove) e com especialização em jornalismo digital pela ESPM. Trabalhou de forma ininterrupta no Grupo Comunique-se durante 11 anos, período em que foi de estagiário de pesquisa a editor sênior. Em maio de 2020, deixou a empresa para ser repórter do site da Revista Oeste. Após dez meses fora, voltou ao Comunique-se como editor-chefe, cargo que ocupou até abril de 2022.

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