Com a chegada do verão, alguns cuidados são essenciais no dia a dia para garantir a hidratação e o bem-estar de cães e gatos. Tal como os seres humanos, os animais demandam cuidados específicos para suportar as altas temperaturas e os raios solares intensos que caracterizam a estação. O verão ainda não chegou e o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), vinculado ao Ministério da Agricultura e Pecuária, publicou, na manhã desta terça-feira (12), o aviso laranja de perigo por causa de uma nova onda de calor ainda em 2023.
Para garantir que eles desfrutem do verão com saúde e em um ambiente seguro, é fundamental adotar medidas preventivas que assegurem sua hidratação e proteção.
Além da água potável, a alimentação úmida desempenha um papel importante na hidratação diária dos pets. Flavio Lopes, veterinário especializado em nutrição pet da Hill’s Pet, explica que os alimentos úmidos possuem mais de 65% de água em sua composição.
“Isso faz com que os animais consigam beber mais água mesmo quando existam potes de água fresca espalhados pela residência”, ressalta. Outra dica do veterinário é fazer petiscos com gelo. “É uma estratégia interessante para que a ingestão de água seja inclusive uma maneira de enriquecer o ambiente e diminuir estresse”, esclarece.
O organismo de cão e gato são compostos majoritariamente de água, igual ao ser humano. Portanto, a ingestão de água é imprescindível para manter a função do corpo em perfeito funcionamento. Segundo Lopes, os tutores podem perceber a baixa ingestão de água pelo aumento da quantidade de respirações. “O animal fica ofegante, sua pele começa a perder elasticidade, os pelos ficam foscos, pode ter dificuldade de evacuação, pode haver aumento na concentração de tártaro na boca, urina mais concentrada, entre outros”.
As alimentações seca e úmida podem ser oferecidas concomitantemente ou separadas ao longo do dia. “A alimentação seca possui até 12% de umidade na sua composição, portanto vai demandar de maior atenção nessa época de muito calor, pois o pet precisará ingerir de forma constante a água exposta pelo tutor em potes”, explica Lopes.
Caso seja oferecido somente alimento úmido, o veterinário esclarece que a chance de desidratação é menor, pois o pet vai ingerir o alimento já com bastante água. “Mas isso não exclui a necessidade de deixar qualquer forma de água fresca à disposição do pet, pois ele não pode ficar privado de água em nenhuma hipótese”.
Outra dica importante do especialista: “Caso misture os dois alimentos, há maior ingestão de água, comparado a oferecer somente seco, mas novamente, deixar sempre à disposição água fresca”.
Sinais de alerta
O tutor deve ficar atento aos sinais de insolação ou hipertermia. Lopes explica que alguns animais começam a respirar de forma mais rápida e forte, ficam bastante ofegantes, suas bocas tendem a ficar sempre abertas, as patas podem estar queimadas devido a onde andaram, ou seja, é uma situação de extremo desconforto que precisa ser tratado como emergência para reverter o quadro no médico-veterinário mais próximo que encontrar.
Abaixo o veterinário dá algumas dicas de prevenção de desidratação:
Oferecer água limpa à vontade;
Espalhar pela casa os potes de água;
Deixar potes de água onde o animal gosta de ficar;
Oferecer alimento úmido;
Colocar fontes de água para gatos;
O pet precisa em torno de 50 a 70ml de água para cada kg de peso vivo. O ideal é perguntar ao médico-veterinário do pet a quantidade diária.
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