A presidente Dilma Rousseff foi destituída do cargo em 31 de agosto de 2016, quando o processo de impeachment foi concluído. Diante de tantos acontecimentos no ano passado, o fato foi considerado como o mais marcante na avaliação dos jornalistas. O levantamento foi feito pelo Portal Comunique-se, que questionou os profissionais listados na base de leitores do site especializado em comunicação.
No total, 142 jornalistas responderam a pesquisa. Para 71 deles, o processo que afastou Dilma do poder foi o grande destaque de 2016. Desses respondentes, 53 indicaram a pauta como mais importante usando o termo “impeachment”, 13 falaram em “golpe” e outros cinco apenas sinalizaram como “queda/saída”.
O impeachment começou a aparecer na imprensa em 2015, quando a Câmara dos Deputados, então presidida pelo então deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), recebeu alguns pedidos contra a petista. Em abril de 2016, o processo foi votado pelo plenário da Câmara, sendo aprovado por 367 contra 137 votos. A votação final ocorreu no Senado, nos dias 29, 30 e 31 de agosto, quando ficou decidido o afastamento definitivo.
Longe dos cadernos políticos, a tragédia da Chapecoense foi citada como segundo fato mais marcante do ano com 28 menções. O acidente aconteceu na madrugada do dia 29 de novembro quando o avião CP-2933 da empresa venezuelana LaMia perdeu contato com a torre de comando próximo ao aeroporto de Rio Negro, na Colômbia. O acidente vitimou 71 pessoas: 19 jogadores, 20 jornalistas, 14 integrantes da comissão técnica, nove dirigentes, dois convidados e sete tripulantes.
A pesquisa ainda registrou outros temas levantados pelos jornalistas, como Lava Jato, Eleição de Trump, reformas trabalhistas de Michel Temer, prisão de Eduardo Cunha e o terrorismo no mundo.