O enredo a ser apresentado pela Imperatriz Leopoldinense na Marquês de Sapucaí no Carnaval carioca deste ano tem desagradado publicamente a entidades e profissionais ligados ao agronegócio. Com o tema “Xingu, O Clamor que Vem da Floresta“, a escola de samba do Rio de Janeiro recebeu, nesta semana, críticas de uma apresentadora de programa exibido por afiliada da Record TV.
Indignada com o teor do conteúdo defendido pela agremiação carnavalesca, que cita a luta do povo indígena contra o “belo monstro [que] rouba as terras”, Fabélia Oliveira disse que o índio de verdade vai “ter que morrer de malária, de tétano, do parto”. A fala da comunicadora foi dita durante exibição do ‘Sucesso no Campo’, atração de responsabilidade da empresa Jataí Rural Produções e que é exibido pela TV Sucesso, parceira da Record no interior de Goiás.
“Deixar a mata reservada para comer de geladeira não é cultura indígena, não. Eu sinto muito. Se ele quer preservar a cultura ele não pode ter acesso à tecnologia que nós temos. Ele não pode comer de geladeira, tomar banho de chuveiro e tomar remédios químicos. Porque há um controle populacional natural”, disse a jornalista – em tom de editorial – ao se posicionar em favor do “índio que for original” e demonstrando plena ciência de que sua opinião poderia “chocar” os telespectadores.
Fabélia usou o seu espaço na televisão para criticar os compositores do “polêmico” samba-enredo Imperatriz. Para ela, Moisés Santiago, Adriano Ganso, Jorge do Finge e Aldir Senna acabaram por “manchar” suas histórias. “Eles estão muito equivocados. Precisam sair de uma sala com ar-condicionado e ir para o dia a dia do produtor rural”, disse a apresentadora, que ainda divulgou campanha para instalação de painéis em outdoors em todo o país para mostrar o heroísmo do “verdadeiro homem do campo”.
Assista ao vídeo do ‘Sucesso no Campo’: