Os investimentos privados em transporte e logística, telecomunicações, energia elétrica e saneamento básico chegaram a um valor recorde de R$ 131 bilhões em 2022, segundo a Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib). Ainda conforme o levantamento, há cerca de 500 novos projetos em estudo ou contratação em todas as esferas de governo, com investimentos que ultrapassariam R$ 600 bilhões.
No âmbito de logística, o mercado brasileiro passa por um momento delicado e desafiador, em especial pela redução de demanda e aumento de custos com veículos e combustíveis, segundo Jackson Prado, Head Comercial da Vuupt, especializada em roteirização, gestão de entrega, coletas e serviços.
“Apesar do cenário complexo, enxergo diversas oportunidades no mercado atual”, avalia Prado. “É o momento para as empresas do setor olharem para dentro de casa, analisarem com cuidado seus processos, encontrando os gargalos, reduzir desperdícios, enxugar processamentos desnecessários e garantir a lucratividade das operações como um todo”.
Investimento e tecnologia
Assunto em pauta nos últimos meses, a inteligência artificial já faz parte do segmento logístico há algum tempo. Os principais avanços tecnológicos em empresas do ramo estão associados à utilização da IAs para garantir que os processos sejam cumpridos de acordo com parâmetros pré-estabelecidos dentro dos padrões de qualidade da companhia.
“Um grande diferencial está na automatização de operações lógicas que poderiam acarretar em prejuízos financeiros. Como exemplo, temos a roteirização de entregas, onde a ordem de paradas pode significar um aumento expressivo dos custos, com o transporte indo desde tempo até combustível e depreciação do veículo”, conta Prado.
Serviço de gestão de entregas
No que diz respeito à gestão de entregas, os processos envolvidos abrangem ações que englobam desde o planejamento até o momento que o produto chega de fato nas mãos do consumidor. Além disso, é preciso levar em conta que cada empresa possui particularidades em seus processos que, em muitos casos, tornam sua operação única.
“Acredito que a organização interna do processo logístico pode ser trabalhada com mais tranquilidade, uma vez que o cliente final não tem conhecimento acerca do que está acontecendo com o seu pedido”, revela o Head da Vuupt.
No entanto, o trecho final do processo, conhecido como last mile, é a ponta do iceberg percebida pelo cliente e exige atuação imediata e emergencial para que a empresa consiga cumprir os prazos acordados, garantir a comunicação clara e por fim oferecer uma experiência diferenciada aos clientes garantindo fidelização e o tão sonhado marketing espontâneo.
“A empresa deve garantir a experiência do cliente, pois isso irá manter o fluxo financeiro trazendo fôlego e recursos para investir e solucionar os gargalos dos demais processos. Uma vez que de nada irá adiantar ter um estoque completamente abastecido se o cliente não confiar na empresa por conta de experiências negativas em outras entregas”, finaliza Prado.
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