O PVC (policloreto de vinila) é largamente empregado na produção industrial e, graças a sua enorme versatilidade, serve como matéria-prima de um sem fim de produtos utilizados no dia a dia das pessoas. Sendo um material produzido e consumido em larga escala, a sua produção e, principalmente, seu descarte geram um enorme impacto no meio ambiente. Estima-se que os resíduos plásticos, incluindo o PVC, podem levar de 200 a 600 anos para se decompor totalmente na natureza.
Tendo isso em mente, e com o objetivo de amenizar esse impacto, várias ONGs e empresas passaram a buscar alternativas para a reutilização desses materiais. Um dos exemplos é o trabalho que será desenvolvido pela Supera através de uma oficina de produção e capacitação de profissionais que darão vida nova a esse tipo de resíduo descartado.
Visando uma parceria com a Nissei, o projeto reaproveitará os banners (fabricados com lona vinílica, um composto que combina PVC e outros elementos) utilizados em campanhas publicitárias da empresa, para a confecção de brindes que serão dados aos clientes da própria empresa. Esse material gera uma grande quantidade de descarte já que, normalmente, é utilizado por períodos muito curtos e logo substituído.
“Entre os produtos escolhidos para o início do projeto teremos: ecobags, estojos e necessaires”, explica Andrea Koppe, presidente da Unilehu e Programa Supera, empresas que unem a geração de renda com a confecção de produtos exclusivos.
Porém, como a lona vinílica proporciona um alto nível de versatilidade e resistência, acaba se tornando um excelente material para a fabricação de diversos outros produtos. Alguns exemplos incluem caixas organizadoras, tapetes, protetores, porta trecos, mochilas, bolsas, carteiras, vasos, artigos pet, e muito mais.
“Com um pouco de criatividade, o reuso não tem limites e diminui, consideravelmente, o descarte do material na natureza”, observa Koppe. A projeção dessa iniciativa é que, a cada mês, 250kg de banners sejam transformados em produtos. Isso equivale a produção de 10000 estojos, 5000 necessaries ou 2000 ecobags.
Além disso, a iniciativa tem uma segunda frente de atuação. A oficina também vai funcionar como um centro de capacitação profissional para pessoas em situação de vulnerabilidade. Uma equipe técnica vai instruir os participantes no aprendizado de todas as etapas do processo de fabricação – corte, costura, revisão e embalagem – e, desde o início, eles serão remunerados pelo trabalho, ganhando por cada peça confeccionada.
“Ao final de 6 meses, os alunos recebem um certificado de qualificação profissional e são encaminhados ao mercado de trabalho”, afirma a presidente da Supera. Em seguida, outra turma se inicia para dar continuidade a oficina, que tem caráter permanente.
Banners e outros materiais restantes de campanhas publicitárias empresariais podem gerar um grande impacto para o meio ambiente, e os responsáveis deveriam se preocupar em como realizam o descarte, e com as possibilidades de reuso sustentável do material.
Ainda de acordo com Andrea Koppe, o consumidor deveria dar preferência para produtos feitos com material reciclado. “Já que é isso que faz a economia do setor circular e torna financeiramente viável esse tipo de iniciativa”, finaliza a empresária.
Para saber mais, basta acessar: https://www.lojasupera.org.br/
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