Conectar jovens que buscam entrar no mercado de trabalho a entidades que não podem pagar por projetos de comunicação. Esse é o objetivo do Instituto Repartir, iniciativa fundada no último ano pelos jornalistas Luciana Alvarez e Emerson Couto.
A organização sem fins lucrativos foi criada para ajudar a solucionar um cenário da pandemia da Covid-19: a dificuldade de estudantes de comunicação em ingressar no mercado de trabalho – o que, em alguns casos, levou ao abandono dos cursos por falta de dinheiro – e, por outro lado, organizações sociais que não têm recursos financeiros suficientes para pagar por projetos de comunicação.
Por meio das ações do Instituto Repartir, jovens estudantes que se encontram em situação de baixa renda ganham experiência e iniciam sua jornada profissional na comunicação de organizações sociais. O trabalho realizado em conjunto com a entidade tem duração de três meses.
“O Instituto Repartir nasceu com o propósito de dar oportunidade de aprendizado, trabalho e renda a estudantes com algum nível de risco financeiro e social, que colocam seus talentos e suas potências à disposição de organizações que não podem pagar projetos de comunicação”, explica o jornalista Emerson Couto, em texto enviado ao Portal Comunique-se.
Os participantes do projeto são selecionados com base em critérios de renda, gênero, cor e raça, e orientação sexual. Segundo o material de divulgação da iniciativa, as características são consideradas com o objetivo de promoção de diversidade no mercado de comunicação.
O instituto, criado no fim de 2021, conta com três estudantes em operação. Elas atuam junto a seis organizações sociais de diferentes causas e contam com a coordenação da jornalista Débora Spitzcovsky. Ao final do trabalho, cada entidade passa por uma capacitação que permitirá a realização de sua comunicação de forma autônoma.
“As jovens, com o apoio do Repartir, fazem um diagnóstico dos sonhos e das necessidades de comunicação das organizações, e, partir daí, traçam um plano de comunicação, com a entrega de alguns produtos, que podem ser um novo website, um vídeo institucional para auxiliar na captação de recursos, entre outros”, detalha o co-fundador do projeto.
As perspectivas do Instituto Repartir são de crescimento em 2022. A equipe que dá vida ao projeto pretende impactar 10 estudantes por meio do modelo de estágio, chegando a atuar junto a 50 organizações sociais, e capacitar outros 40 jovens em um novo projeto (que deve ser lançado no segundo semestre).
Para isso, a entidade busca apoiadores institucionais para o financiamento do trabalho realizado. Interessados em contribuir podem acessar o site da iniciativa e entrar em contato diretamente com a equipe responsável. “Todo mundo se ajuda, todo mundo ganha”, ressalta Couto.
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