O Brasil está entre os três países mais inovadores da América Latina e Caribe, segundo o Índice Global de Inovação de 2022. Isso se deve em parte a um ecossistema de inovação em crescimento, que trabalha em sintonia para identificar novas oportunidades e criar soluções inovadoras.
O estudo ainda mostra que São Paulo entrou para o ranking dos 100 principais clusters de ciência e tecnologia em 2022, que são grupos formados por empresas, instituições de pesquisa e universidades – geralmente especializados em determinado campo e vinculados por tecnologias e habilidades comuns. Como resultado de um esforço constante e em franca expansão, em que se identificam novas oportunidades, há ganho de competitividade e formação de competências.
Segundo Rodrigo Miranda, especialista em inovação e diretor de operações da consultoria internacional G.A.C. Brasil, o ecossistema de inovação envolve empresas que buscam constantemente inovar em seus produtos, serviços ou processos, startups que geralmente têm como meta oferecer novas soluções ou resolver problemas, instituições de pesquisas, aceleradoras e incubadoras oferecendo suporte, políticas e programas de incentivo à inovação, além de leis e regulamentos que promovem o desenvolvimento tecnológico, estando cada vez mais alinhados com a sustentabilidade ambiental e o bem-estar social.
“Com um projeto bem desenhado e determinadas técnicas de colaboração, é possível alcançar e documentar resultados reais”, diz Miranda – reforçando a ideia largamente difundida de que inovação é transformar uma ideia em nota fiscal. “Em um cenário econômico em constante transformação, é fundamental que empreendedores e investidores estejam sempre atentos às oportunidades e possíveis estratégias para fomentar seus negócios”. Com isso em mente, Miranda destaca dez formas para se identificar oportunidades:
Miranda ainda reforça a importância de se utilizar recursos disponíveis de dedução fiscal para investir ainda mais em novos projetos. “Um dos recursos mais indicados é a Lei do Bem, que oferece incentivos fiscais para negócios relacionados à transformação digital, economia verde, sustentabilidade e novos produtos, processos ou sistemas. No entanto, esse incentivo ainda está sendo subutilizado no Brasil – o que revela a urgência em se conhecer os pré-requisitos para acessá-lo”, afirma o especialista em inovação – reforçando que essa lei pode ser uma ferramenta valiosa para os empreendedores que buscam alavancar seus negócios.
“Além de conhecer detalhadamente e buscar sempre atualizações em relação à Lei do Bem, é importante estar a par dos benefícios oferecidos pela Lei da Informática (Lei nº 13.969/19), pela Rota 2030 (Lei nº 13.755/2018), e estar sempre atualizado sobre os editais lançados pelas diversas agências nacionais e regionais de fomento, como Finep (Financiadora de Estudos e Projetos), Embrapii (Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial), Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo), Fundep (Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa), e Banco do Nordeste”, afirma o especialista.
Segundo o consultor, ao identificar e explorar oportunidades de inovação e dedução fiscal, as empresas podem impulsionar seu crescimento e contribuir para o fortalecimento do ecossistema de inovação no Brasil, gerando empregos, riqueza e progresso para a sociedade como um todo.
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