São Paulo, SP 2/12/2020 –
Economizar é palavra proibida quando o assunto é instalação elétrica. Em qualquer tipo de construção, não basta ter apenas um projeto arquitetônico bem elaborado com distribuição funcional dos ambientes e os melhores materiais de acabamento.
Também é essencial ter atenção e os devidos cuidados com a instalação elétrica. Caso contrário, haverá diversos problemas e falhas que afetarão a segurança do imóvel e de seus moradores.
Para garantir o sucesso da instalação elétrica de uma residência a IFC/COBRECOM apresenta 8 dicas importantes.
Dica nº 1 – Contratar profissionais habilitados
Para realizar o projeto e execução da instalação elétrica nunca deve ser contratado profissionais ‘mais ou menos’.
“O projeto deve sempre ser feito exclusivamente por um profissional habilitado e qualificado, como engenheiros eletricistas, para qualquer tipo de edificação ou técnicos ou tecnólogos eletrotécnicos para situações específicas”, revela o professor e engenheiro eletricista Hilton Moreno, que também é Consultor Técnico da IFC/COBRECOM.
O profissional ressalta que um projeto elétrico bem elaborado é aquele que está de acordo com a norma técnica NBR 5410 da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). Esse fator garante o correto funcionamento de todos os componentes da instalação, além de evitar sobrecargas, que podem resultar em um aumento do consumo de energia e problemas de segurança.
Dica nº 2 – Dimensionamento correto do projeto elétrico
O dimensionamento dos componentes em geral e dos condutores elétricos em particular é realizado de acordo com a corrente elétrica que irá circular pelos fios e cabos e pelos dispositivos de proteção, como os disjuntores.
“Fios e cabos elétricos corretamente dimensionados garantem longa vida útil aos produtos e reduzem significativamente os riscos da ocorrência de sobrecargas e curtos-circuitos, além de contribuírem para não haver aumento desnecessário na conta de energia elétrica”, explica Moreno.
Dica nº 3 – Compra dos materiais elétricos
Os produtos para instalações elétricas devem ser fabricados de acordo com as exigências das normas técnicas da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). Em geral, o estabelecimento que comercializa tais produtos deve se responsabilizar que está vendendo apenas materiais que atendem à normalização técnica.
Além disso, alguns produtos elétricos possuem o selo obrigatório do Inmetro, como são os casos dos fios e cabos elétricos, disjuntores, interruptores e tomadas. Assim, antes da aquisição, confira se nas embalagens dos produtos constam o selo do Inmetro, as normas técnicas referentes ao produto e, principalmente, se há os dados do fabricante como CNPJ, endereço e número de telefone de atendimento ao consumidor.
Dica nº 4 – Atenção especial aos fios e cabos elétricos
Esses materiais estão entre os mais relevantes para a instalação elétrica de um imóvel e possuem a função de levar a energia desde o padrão de entrada onde está localizado o medidor até os pontos de utilização como as tomadas e as lâmpadas.
“Uma dica importante é sempre desconfiar de fios e cabos elétricos com preços muito baixos. Além disso, é fundamental adquirir materiais de marcas reconhecidas no mercado para ter uma instalação de qualidade, segura e confiável”, recomenda Moreno.
“Além da busca por empresas conhecidas e de procedência, antes de comprar fios e cabos elétricos é preciso verificar na etiqueta de identificação do produto se contém o Selo do Inmetro. Deve ser inclusive checado no site desse órgão certificador se o número de registro do fabricante está válido, pois também existe a falsificação desse selo”, alerta Alexandro Pedroso da Silva, Coordenador de Desenvolvimento de Produto da IFC/COBRECOM.
Outro conselho é conferir se o fabricante é associado da Qualifio (Associação Brasileira pela Qualidade dos Fios e Cabos Elétricos), que é mais uma garantia de confiança na hora de comprar fios e cabos elétricos seguros e de qualidade, já que a entidade testa e avalia com muito rigor os produtos tanto de fabricantes associados, como também os das empresas não associadas. Para isso, deve ser consultado o site www.qualifio.org.br.
Dica nº 5 – NUNCA adquira cabos ‘desbitolados’
Além de irregulares (não estão de acordo com as normas técnicas da ABNT e não possuírem certificação obrigatória do Inmetro), comprometem a instalação elétrica, já que eles não atendem os itens recomendados pelas normas técnicas ou empregam materiais de baixa qualidade.
Outra desvantagem é que, por ser subdimensionado, o produto conduz menos energia e pode resultar no aquecimento indevido dos condutores (sobrecarga) com o consequente aumento na conta de luz, nos frequentes desarmes dos disjuntores e também em curtos-circuitos e incêndios.
Dica nº 6 – Os disjuntores devem ser compatíveis com os fios e cabos elétricos
Esse fator é essencial para o correto funcionamento da instalação elétrica. Caso não sejam compatíveis, normalmente o disjuntor desarmará o circuito elétrico toda hora, impedindo o funcionamento dos aparelhos.
Além disso, os disjuntores são peças importantes para a segurança da instalação e do imóvel, pois em casos de sobrecargas ou curtos-circuitos, a alimentação elétrica será desligada.
Dica nº 7 – Dispositivo DR é obrigatório
A falta desse componente afeta a segurança das pessoas que moram ou trabalham no local, pois o dispositivo DR protege as pessoas contra os choques elétricos.
Todo projeto elétrico deve obrigatoriamente especificar a instalação do DR, sendo que nos circuitos dos ambientes molhados como a cozinha, banheiros e áreas de serviço, devem ser previstos DRs de alta sensibilidade.
Sua instalação também é obrigatória em componentes da área de lazer como saunas e piscinas.
Dica nº 8 – Manutenções preventivas
A prevenção é sempre o melhor remédio para garantir a segurança e a qualidade da instalação elétrica.
Além disso, os gastos com a troca preventiva dos componentes elétricos são sempre mais baratos do que esperar acontecer um problema mais grave como sobrecargas, curtos-circuitos e até mesmo um incêndio.
“É indicado fazer a primeira revisão da rede elétrica do imóvel no mínimo dez anos após o término de sua instalação. Depois disso, é preciso verificar tudo a cada cinco anos pelo menos”, destaca Moreno.
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