Rio de Janeiro,RJ 15/10/2020 – O MedFlow, com a ajuda de um algoritmo de reconhecimento de presença, torna possível medir, em tempo real, o Índice de Aglomeração Local (IAL).
O paciente chega ao consultório médico e encontra a sala de espera lotada. Na era pré-pandemia, esse cenário era absolutamente comum, resultado de agendas cheias, encaixes e atrasos nos atendimentos.
Acontece que o mundo inteiro foi pego de surpresa pela pandemia de Covid-19, que afetou completamente os hábitos sociais. De repente, a recomendação mais importante de 2020 foi a de não aglomerar. Este, certamente, será um momento marcante devido a tantos desafios impostos a diferentes segmentos simultaneamente, com destaque para o setor da saúde.
Como em qualquer crise dessa amplitude, são os profissionais de saúde que ficam na linha de frente. Isso cabe, inclusive, àqueles que mantém uma rotina de atendimento em consultórios e clínicas: em diferentes níveis de complexidade, o cuidado com a saúde não pode esperar.
“E agora, como será daqui para frente?”. Sem dúvidas, essa foi uma das questões com as quais todo mundo precisou lidar em algum momento em meio a tudo isso – e os médicos não ficaram isentos desse questionamento. Como administrar a agenda, continuando a atender, sem deixar de lado a segurança do paciente e da equipe e, ainda, sem afetar o faturamento do consultório?
E eis que, em meio à crise, a solução: inteligência artificial somada à tecnologia, que resultou no MedFlow, um serviço desenvolvido pelas startups UXMed, uma integradora de soluções de gestão, de inovação e de performance para PMEs de saúde, e Milênio Bus, que nasceu com o objetivo de tornar mais eficientes os transportes coletivos das cidades, mas que adaptou sua missão ao “novo normal” do pós-pandemia.
Helen Mazarakis, CEO da UXMed, enxergou uma oportunidade de negócio. “Eu vi que um dispositivo de controle de aglomeração estava sendo testado em alguns estabelecimentos e pensei em como seria legal se nós aplicássemos a ideia à realidade das clínicas”. Foi, então, que, após contato com Marcel Ogando, CTO da Milênio Bus, as empresas uniram suas expertises. “Eu perguntei se eles aceitariam fazer um teste junto à UXMed para que a tecnologia fosse modulada de acordo com as especificidades de um consultório e, a partir daí, começamos a avaliar a viabilidade do trabalho”, contou Helen.
Segundo Ogando, os estudos prévios feitos em relação aos principais problemas provocados pela pandemia nos consultórios apontaram que parte dos pacientes ficavam incomodados em esperar em um ambiente muito cheio e que desejariam ter a opção de aguardar afastados das pessoas na fila.
Assim, unindo todo o repertório da equipe multidisciplinar da UXMed e a tecnologia Milênio Bus, o serviço MedFlow nasceu e funciona com a ajuda de um algoritmo de reconhecimento de presença, que torna possível medir, em tempo real, o Índice de Aglomeração Local (IAL). O chamado Aglomerômetro é dividido em 5 (cinco) categorias diferentes: excelente, recomendável, alerta, atenção máxima e urgência – e garante ao paciente autonomia para que ele decida aguardar no local ou esperar à distância pelo seu atendimento, podendo, ainda, preencher o tempo ocioso com alguma atividade cotidiana, como pagar uma conta, por exemplo.
“Disponibilizamos um QR Code no consultório, que, quando escaneado, permite que o paciente entre em uma fila de espera virtual e seja avisado quando chegar sua vez”, explica o CTO da Milênio Bus. Para isso, basta fornecer os dados de identificação que serão enviados diretamente para a recepção e aguardar em outro ambiente até que seja chamado via mensagem de texto no celular cadastrado.
A equipe de atendimento também tem a possibilidade de controlar o número de pessoas no local de acordo com o índice apresentado pelo dispositivo. Se o número de pessoas no local estiver muito alto, o paciente é orientado a aguardar em outro lugar, acompanhando a gestão da fila à distância.
Após a fase de testes, a medida inédita na área da saúde já está em funcionamento na clínica Downtown Oftalmo Center, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro. “Nossa clínica é pioneira, mais uma vez. A ideia é proporcionar aos pacientes e acompanhantes um maior cuidado nesse momento, garantindo os protocolos de segurança recomendados pelos órgãos oficiais de saúde, como a Organização Mundial da Saúde (OMS)”, afirma Dra. Isabel Felix, sócia e médica no local.
O nível de acurácia do dispositivo fica entre 89% e 92%. A taxa já é inicialmente alta, mas ela vai melhorando conforme o uso, já que a inteligência artificial, com o tempo, vai entendendo o que melhor se aplica àquele ambiente, identificando aspectos como a disposição do espaço da clínica, medindo o distanciamento entre os indivíduos, analisando horários de pico e dias da semana mais ou menos movimentados, etc.
Tudo isso se transforma em relatório com dados e insights que dão a quem faz a gestão da clínica uma visão mais ampla sobre o negócio, possibilitando decisões mais eficazes e que impactam nas próximas análises. O processo é cíclico e contínuo e gera valor na entrega da experiência para o paciente, para o médico e para os demais funcionários da clínica.
“Dado por dado não diz nada. O interessante de todo esse serviço é que ele tem uma entrega bem específica, voltada para os problemas identificados durante o trabalho. O que poderia ser apenas um dispositivo de controle de aglomeração, com um monte de informação solta, na verdade, nos dá uma leitura contextualizada sobre o negócio”, observa Dra. Isabel.
O MedFlow engloba ainda o protocolo Covid-Free. Além da parte tecnológica, o serviço também prevê a implementação de medidas específicas para consultas e atendimentos com objetivo de garantir ainda mais a segurança para os pacientes e a equipe. Esse protocolo é dividido em 3 (três) frentes de ação – espaço físico, agendamento e rotina de higienização – e segue recomendações de segurança, como distanciamento de assentos, higienização do ambiente, adoção de sinalização e cartazes, entre outras.
“Nosso objetivo é oferecer soluções para os negócios de saúde de maneira em que as pessoas estejam no centro do ecossistema. Para fazer isso acontecer, nós trabalhamos dados, inteligência e gestão e contamos com parceiros tecnológicos que somam no desenvolvimento dessas jornadas. O importante de todo trabalho é que faça sentido para as pessoas e agregue valor para a experiência delas”, conclui a CEO da UXMed.
Website: https://www.uxmed.com.br/
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