Diferentes conhecimentos da psicologia se aplicam ao mundo moderno, um deles é de que o autoconhecimento é um dos passos para adquirir a maturidade emocional e melhorar o entendimento do que é felicidade. Este ano, o Brasil perdeu posições no Relatório Mundial da Felicidade, elaborado pela ONU. O país caiu 11 posições e, atualmente, se encontra em 49º lugar.
No mundo inteiro já existem diversos tipos de práticas e terapias, desenvolvidas e estudadas, que podem auxiliar no processo de cura. Uma pesquisa, produzida pela Universidade da Califórnia que utilizou como premissa um desses métodos, o Processo Hoffman, constatou o aumento da inteligência emocional em 17% dos casos. Com 143 participantes no total, de características similares como etnia, estado civil e gênero.
Para dar luz ao assunto, Heloísa Capelas, especialista em autoconhecimento e inteligência emocional, palestrante e CEO do Centro Hoffman – que aplica a metodologia Hoffman no Brasil – aborda em seu livro “Inovação Emocional” como as emoções podem impactar diretamente na vida de cada pessoa.
Como o conceito de inovação emocional se relaciona com o autoconhecimento?
Heloísa Capelas – Para falar de inovação emocional, nós precisamos primeiro abordar o autoconhecimento. Sem termos consciência de quem nós somos, como aprendemos a ser o que somos, onde está a raiz exatamente de quem somos, como somos e por que somos, não temos como inovar. Inovação emocional é quando eu sei de onde vem a raiz dos meus comportamentos, como estou utilizando-os e aí, para chegar onde desejo, em minha autonomia comportamental, eu inovo. O livro “Inovação Emocional” traz também a relação com o lixo emocional “de fora”, que é produzido no dia a dia. A forma como o tratamos tem a ver com autoconhecimento, com padrões de comportamento.
Qual a relação da inovação emocional com a felicidade?
H.C – Inovar emocionalmente nos leva a um novo lugar, traz uma sensação de liberdade, uma conquista de autoestima, uma valorização de si mesmo, um orgulho em ser quem se é, nos traz para o centro e promove a lucidez. Passamos a sentir a felicidade dentro da gente, a certeza do nosso valor e do propósito da nossa vida.
O pode ser caracterizado como “lixo emocional”?
H.C – Lixo emocional é tudo aquilo que produzimos e que nos faz mal, como a insatisfação pessoal, a sensação de não ser bom o suficiente, da inferioridade, a tristeza de não nos sentirmos correspondidos, a frustração de não sermos reconhecidos. Todas essas sensações não resolvidas e negativas dentro de nós, são o nosso lixo emocional.
Há como reciclar essas emoções negativas no dia a dia?
H.C – É importante entender: nosso sentimento sempre vai existir e isso não pode ser reciclado. Então, o que pode ser reciclado é o meu comportamento diante deste sentimento, como eu irei reagir àquela emoção negativa. É preciso reconhecer aquele sentimento, aceitá-lo e autorizá-lo e, a partir disso, somos nós que escolhemos positivamente como vamos nos comportar mediante essa emoção.
Quais podem ser os principais vilões que sabotam as pessoas no processo de inovação emocional?
H.C – Temos um sabotador interno, aquele que nos diz: ‘não consigo, não posso, não dá, deixa para depois, assim não é possível, eu não entendo, não concordo’. Todos esses pensamentos são sabotadores, eles podem vir do limite da nossa autoestima. O mesmo acontece quando nos sentimos mais ou menos que os outros, quando nos sentimos desencaixados ou fora dos padrões da humanidade.
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Centro Hoffman: www.centrohoffman.com.br