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Internet das Coisas ajuda a reduzir tempo de resposta de atendimento médico de hospitais

São Paulo, SP 16/10/2020 – Soluções de gestão de frotas usam a tecnologia como possibilidade de melhoria e superação de velhos costumes no setor.

O atendimento na área da saúde enfrenta um desafio diário nas grandes cidades: burlar o trânsito. Seja para que o atendimento emergencial chegue ao seu destino com rapidez ou para que a coleta de materiais biológicos seja feita em tempo hábil, é preciso encontrar meios para garantir a agilidade do serviço, a integridade dos produtos e a segurança das pessoas.

Falhas nos processos de coleta ou de transporte de material podem levar a erros de análise na fase de triagem laboratorial, por exemplo, além de contaminação, deterioração ou perda da qualidade. Por outro lado, as chances de sobrevivência de quem necessita de atendimento emergencial, por conta de acidente ou qualquer outra ocorrência, aumentam se o tempo de resposta (ou seja, o tempo gasto entre o ocorrido e a chegada de socorro) for mais curto.

Com o apoio da tecnologia, diferentes tipos de veículos usados na área da saúde podem se tornar mais rápidos, eficazes, seguros e econômicos. Os chamados softwares de gestão de frotas são desenvolvidos para rastrear e monitorar a rotina de logística como um todo. Ao aplicar isso à coleta e ao transporte de material biológico e de pessoas, é possível otimizar as operações e diminuir seus riscos.

Esses sistemas munem-se da chamada Internet das Coisas (ou IoT, na sigla em inglês), um conceito tecnológico que conecta objetos cotidianos à web para reunir e transmitir dados. Dessa forma, um simples veículo que normalmente não seria capaz de enviar informações sobre si mesmo para uma central, se torna parte de uma rede online. No caso da área de saúde, isso pode se aplicar a ambulâncias, motos e carros de passeio.

Em São Paulo, a startup de gestão de frotas Cobli trabalha em parceria com a Transtour, empresa do mercado de transportes e logística, para resolver essas questões. Entre os clientes da Transtour está um dos melhores hospitais privados da cidade. Por meio da colaboração das duas empresas, os veículos de atendimento residencial do hospital passaram a utilizar soluções de rastreamento e monitoramento de frota.

A Cobli oferece para a Transtour um dispositivo que é conectado aos veículos. Esse aparelho permite aos profissionais por trás da logística da empresa acompanhar toda a jornada dos automóveis da frota. “Trabalhamos com material biológico, vidas. Quanto mais rápida a coleta, mais confiável fica a análise das substâncias. Um atraso pode causar grandes transtornos. Por isso, agilidade é muito importante para nós”, diz Pedro Rodrigues de Sousa, supervisor da operação da Transtour.

Em grandes centros urbanos, onde as condições do trânsito podem variar bruscamente de uma hora para a outra e qualquer imprevisto pode resultar na dificuldade de realizar atendimentos rapidamente, utilizar esses sistemas de gestão se torna ainda cada vez mais necessário.

Nesses casos, os softwares de gestão de frota auxiliam no planejamento das rotas para atendimento e no controle de veículos. Elas são definidas a partir da localização das viaturas de atendimento em relação aos locais de acidente. Saber onde cada veículo está no momento do chamado impacta diretamente o tempo de deslocamento.

No caso do transporte dos materiais biológicos (como os da Transtour), traçar as rotas mais curtas garante a vida útil de tudo o que foi coletado. E para o traslado de remédios, o tempo entre a expedição e a chegada do veículo a um local específico para o armazenamento correto pode ser essencial para preservar sua duração.

“Grande parte do tempo entre a escolha de um veículo para um serviço de saúde até sua chegada ao local ainda é gasto na busca manual de um automóvel mais próximo e também na comunicação. Feito dessa forma, esse processo muitas vezes acaba sujeito ao erro. A Cobli consegue reduzir esse tempo ao automatizar parte do processo. Nossa tecnologia avalia qual veículo da frota vai chegar mais cedo, analisando as rotas selecionadas e também dados de trânsito em tempo real”, avalia Rodrigo Mourad, cofundador da Cobli.

Segundo a startup, seus clientes chegam a reduzir de cinco minutos para três minutos o tempo de alocação das ambulâncias. Em muitos casos, poder tranquilizar pacientes e clientes sobre o tempo de chegada dos veículos às residências pode ser um diferencial para as empresas do ramo da saúde. A IoT, então, se mostra mais uma vez como uma grande aliada: graças a ela é possível compartilhar links de localização em tempo real, o que pode diminuir o número de reclamações e alinhar expectativas de ambos os lados.

Dentro desse universo, há ainda um caso ainda mais sensível: o de transporte de órgãos para transplantes. De todas as cargas ligadas à saúde transportadas por vias urbanas, essa é a que tem mais urgência, pois a perecibilidade de alguns órgãos pode ser extremamente sensível. Segundo dados do Ministério da Saúde, um rim tem validade de 48 horas, enquanto um coração, de apenas quatro.

Claro, a parte mais importante do translado pode ser feita por aviões e helicópteros, mas a última etapa até o hospital muitas vezes é feita por vias terrestres. Nesse cenário, órgãos que poderiam salvar vidas acabam desperdiçados por falta de organização desse transporte.

A situação no Brasil, porém, vem melhorando: em 2015, foram perdidos 173 órgãos por problemas logísticos. Dois anos depois, após uma mudança regulatória, o índice caiu para 42. São vidas que poderiam ser salvas com a ajuda de IoT e frotas mais eficientes.

Website: https://www.cobli.co/

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Anderson Scardoelli

Jornalista "nativo digital" e especializado em SEO. Natural de São Caetano do Sul (SP) e criado em Sapopemba, distrito da zona lesta da capital paulista. Formado em jornalismo pela Universidade Nove de Julho (Uninove) e com especialização em jornalismo digital pela ESPM. Trabalhou de forma ininterrupta no Grupo Comunique-se durante 11 anos, período em que foi de estagiário de pesquisa a editor sênior. Em maio de 2020, deixou a empresa para ser repórter do site da Revista Oeste. Após dez meses fora, voltou ao Comunique-se como editor-chefe, cargo que ocupou até abril de 2022.

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