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Investimentos em tráfego pago crescem no Brasil

O empresário brasileiro nunca esteve tão disposto a investir em tráfego pago. Ao mesmo tempo, apenas uma em cada quatro empresas consegue identificar o quanto o marketing tem influência nas tomadas de decisões de compra dos clientes. Essas constatações fazem parte de uma pesquisa realizada nos seis primeiros meses de 2022 no Brasil e de um relatório que detalha a estreita conexão que comunicação, marketing e tecnologias têm com os negócios na América Latina.

O levantamento feito pela Kantar Ibope Media e IAB Brasil apurou um investimento de R$ 14,7 bilhões em publicidade digital no Brasil de janeiro a junho deste ano, montante que supera os resultados de 2020 (R$ 10,3 bi) e de 2021 (R$ 13,2 bi). O estudo aponta ainda para dados relevantes nas regiões metropolitanas, como o acesso de 97% da população à internet. Destes, 90% são adeptos de redes sociais e cinco em cada dez fizeram compras online.

Por outro lado, um relatório publicado pela ROI Marketing Institute, a pedido da  LLYC, mostra que 74% das empresas ainda não adotam modelos de atribuição para compreender como ações de marketing e comunicação têm influência na rentabilidade dos seus negócios.

“Esses estudos nos dão um norte sobre o setor. Temos um empresário disposto a investir, mas ainda falta um modelo de atribuição de origem para leads/clientes que ele possa seguir. A revolução tecnológica veio repentinamente e durante a pandemia esse processo se acelerou”, avalia o publicitário Marcelo Santos, da Idônea Comunicação “O que se tem visto é que o empresariado entendeu que precisa utilizar das novas ferramentas, mas ainda não sabe metrificar se de fato terão resultados comerciais”, completa.

Com mais de 20 anos de experiência no mercado, Santos menciona dados da conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento que debateu a nova onda de tecnologias de ponta e transformação digital. A estimativa é de que um mercado hoje calculado em 350 bilhões de dólares ganhe outros 3,2 trilhões de dólares até 2025.

“Há muitas possibilidades de lucratividade, como as pesquisas mostram, mas é preciso saber basicamente quem é o seu cliente, o que o influencia na hora da compra e como levá-lo até o seu produto. É preciso ter alguém que pavimente o caminho para que empresas e consumidores consigam se encontrar”, afirma.

“Num mundo tão competitivo como o dos negócios, há cada vez menos espaços para agir sem planejamento. Por isso, contar com o trabalho de especialistas tem feito tanto a diferença para muitas empresas, enquanto ainda vemos outras com dificuldades para se adequar e lucrar com a tecnologia e a internet”, completa.

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