Projeções realizadas por órgãos governamentais estaduais dão conta que o IPVA (Imposto sobre Propriedades de Veículos Automotores) 2023 ficará mais caro em todo o país. Em São Paulo, o governo apontou que a taxa ficou 10,77% mais cara neste ano, com uma estimativa de arrecadação de cerca de R$ 23,4 bilhões com o tributo. Já os governos dos estados do Pará e de Goiás informaram que a taxa deve ficar 11,5% e 10% mais alta, respectivamente.
Segundo informações divulgadas pela Sefa (Secretaria de Estado da Fazenda), o aumento do valor do imposto no Pará foi realizado com base na Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas), que mede os valores venais, de acordo com a marca/modelo dos veículos. Esse informe aponta que a variação média dos preços de referência da base tributável do IPVA foi de 11,54% no Pará.
Em Goiás, a Secretaria de Economia informou que utiliza “o preço do veículo avaliado pela tabela Fipe e aplica em cima desse valor de venda uma alíquota de acordo com a categoria do veículo”. De acordo com o governo, o estado segue as mesmas alíquotas de IPVA há oito anos e o aumento no imposto tem como justificativa a valorização dos carros usados, em relação ao ano de 2022.
André Brunetta, Cofundador do aplivcativo Zul+ e Diretor de Inovação e Digital da Estapar, lembra que a alta do IPVA já era, de certa forma, esperada, inclusive já tinha sido verificada em 2022: “Com a pandemia, as montadoras tiveram problemas para entregar carros zero quilômetro, o que aqueceu o mercado de usados”, afirma.
“Além disso”, prossegue, “a perda de renda e a alta de juros também reduziram o poder de compra dos brasileiros e encareceram o financiamento. Tudo isso combinado provocou a elevação dos preços dos carros e, consequentemente, do IPVA”, complementa.
Brunetta destaca que, por conta do aumento do IPVA, muitos motoristas têm buscado alternativas de pagamento e parcelamento. “Alguns estados, como São Paulo, aumentaram o número de parcelas permitidas para o pagamento do IPVA em 2022. Mas, com os valores mais altos, mesmo essa facilidade pode ser insuficiente”.
O Cofundador do Zul+ conta que, diante disso, algumas plataformas passaram a operar no mercado brasileiro permitindo o parcelamento de IPVA, além de licenciamento e multas em até 12 vezes, diluindo os valores ao longo do ano. “Isso beneficia quem não tem os recursos para fazer o pagamento à vista ou em 3 ou 5 parcelas, além de quem tem dinheiro aplicado e não quer mexer nessas reservas”, afirma.
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