A 4ª edição da Feira Nacional do Amendoim e o 19º Encontro sobre a Cultura ocorrem nestes dias 10, 11 e 12 de agosto, na Estação Cora Coralina, em Jaboticabal/SP. Depois de dois anos de realização on-line, os eventos serão promovidos no formato presencial, com dia de campo, palestras técnicas, feira de máquinas e insumos, shows, praça de alimentação e até um concurso que irá premiar os “loucos por paçoca”.
Quem é produtor rural, técnico do setor ou busca fazer negócios tem especial interesse nas perspectivas de produção e de mercado para a safra 2022/2023, cujo plantio começa já nos meses de setembro e outubro. Assim, a feira tem a missão de trazer informações que vão nortear a tomada de decisão no campo.
Não por acaso, este ano, o tema do evento é “A resiliência do produtor rural”. O docente do departamento de Biologia da Unesp Jaboticabal e presidente da Comissão Organizadora da feira, Prof. Dr. Pedro Luís Alves, destaca a capacidade do campo em vencer desafios, principalmente em momentos mais complexos, como o atual. “O agricultor é perseverante. Nos períodos mais difíceis, ele reúne suas forças e consegue superar as adversidades. O evento tem esse papel de discutir como é possível otimizar a produção, principalmente em relação às técnicas e aos custos, e qual o comportamento do mercado. Nosso intuito é juntar toda a cadeia produtiva e entregar ferramentas para o agricultor conduzir sua lavoura e obter resultado, mesmo diante de cenários difíceis”, afirma Alves.
E é com o estímulo às parcerias dentro da cadeia produtiva que o estado de São Paulo tem se mantido como principal produtor brasileiro de amendoim, atingindo 650 mil toneladas, o que representa mais de 95% da produção nacional (700 mil toneladas). Entre os motivos para essa marca está o uso da tecnologia, como afirma o docente do departamento de Ciências de Produção Agrícola da Unesp Jaboticabal, Prof. Dr. Fábio Luíz Checchio Mingotte. “No Brasil, a produtividade média é de 3,5 toneladas por hectare. Já no estado de São Paulo, onde concentra-se o maior parque tecnológico desenvolvido para a cadeia produtiva, com cultivares adaptadas e melhoradas, insumos e mecanização agrícola, a produtividade média é de 4 t/ha, o que daria em torno de 160 sacas por hectare. O volume ainda é considerado baixo para a região de Jaboticabal, onde alguns produtores obtêm 600, 700 sacas por alqueire (250 a 290 sacas por hectare), atingindo produtividades superiores comparativamente às demais regiões produtoras”, afirma o Prof. Mingotte.
Na maior região produtora, o agricultor faz uso de cultivares com elevado potencial produtivo aliado à precocidade e qualidade comercial, o que tem viabilizado o cultivo do amendoim em áreas de reforma de cana-de-açúcar, com redução no custo de produção.
“Vale destacar que, na Capital Nacional do Amendoim (Jaboticabal/SP), a produção é genuinamente fruto do cooperativismo, que viabiliza praticamente todo aporte tecnológico destinado às lavouras, considerando-se toda a cadeia produtiva, inclusive o processamento pós-colheita, agregação de valor e comercialização internacional”, conclui Mingotte.
Palestras
Estarão entre os palestrantes, pesquisadores e técnicos reconhecidos no setor, com uma abordagem prática dos temas, contribuindo para o produtor selecionar a melhor estratégia de acordo com o seu perfil. Entram na pauta: expectativas de mercado e produção; controle de pragas, manejo da virose, doenças foliares e plantas daninhas; tecnologia de aplicação e prática de pulverização; cultivares no mercado brasileiro; colheita inteligente, adubação e ambientes de produção; benefícios do amendoim para a saúde e empreendedorismo digital.
Dia de Campo
No Dia de Campo, o produtor poderá visitar 15 “plots”, como são conhecidas as áreas experimentais, que estão em cultivo desde meados de março, passando, inclusive, por condições consideradas severas para o amendoim, como quedas bruscas de temperatura e riscos de geadas. Dessa forma, a expectativa é conhecer quais produtos e tipos de manejo melhor responderam a essas condições ambientais.
Amendoloucos
A novidade do ano é o Concurso Amendoloucos, em que leva a melhor quem conseguir ingerir maior quantidade de paçocas em menor tempo. Serão duas categorias: masculina e feminina. Em cada categoria serão classificados o 1º (prêmio de R$ 300,00), o 2º (prêmio de R$ 200,00) e o 3º lugares (prêmio de R$ 100,00). Será permitida a participação apenas de inscritos maiores de idade. O concurso acontece nos dias 10, 11 e 12, sempre às 19 horas. Em seguida, começam os shows.
Praça de alimentação e shows
Na praça de alimentação, destaque para pratos doces e salgados à base de amendoim, no restaurante self-service ou barracas. Entre as iguarias estão: cajuzinho, brigadeiro de amendoim, churros, crepe com pasta de amendoim, pé de moleque, trufas, bombons e cones de paçoca, paçoca ao chocolate, torta paulista, sorvete na chapa, fondue, tapioca entre outros sabores. O recinto tem entrada gratuita para os shows todas as noites, que vão de Jhony & Henrique e Orquestra Caipira Violas e Violinos, de Poços de Caldas, a João Pedro e Cristiano.
Para quem vai participar das palestras técnicas, a inscrição pode ser feita na hora do evento ou acessando o site: www.feiranacionaldoamendoim.com.br. A entrada é gratuita para os shows, Feira de Máquinas e Insumos e Praça de Alimentação. Dias 10, 11 e 12 de agosto, evento presencial, na Estação Cora Coralina, em Jaboticabal/SP.
Informações Imprensa:
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