Uma notinha no site do jornal Carioca Meia Hora conta sobre uma briga que teria ocorrido com um grupo de travestis que disputava um cliente. Com o título em caixa alta “A COISA TÁ FEIA”. A “reportagem” ou relato é carregada de um tom irônico/cômico, o que transforma a narrativa sem relevância, pelo contrário, transforma em chacota a história de sobrevivência de pessoas normais, que tentam seu lugar ao sol, e vivem marginalizadas pela sociedade.
A mídia tradicional está transformando a transexualidade em uma editoria cômica, ignorando o verdadeiro foco humanitário desta pauta. Os dados da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (ANTRA) mostram que uma pessoa trans é morta a cada 48 horas no Brasil. E a expectativa de vida de uma Travesti é de 35 anos.
Esse cenário surge por conta da transfobia que já nasce dentro de casa. A maioria das travestis são expulsas e rejeitadas pela família, e vão em busca do sustento através da prostituição. A prostituição não é crime no Brasil, e muitas optam por este trabalho, mas muitas também gostariam de uma oportunidade no mercado de trabalho formal, algo quase inexistente.
Jornais populares precisam parar de ridicularizar a pauta trans! Esse não é um tema de piada. É um problema social e de saúde pública. Os colegas estão esquecendo o verdadeiro papel da imprensa, que é prestar um serviço à sociedade. E nossas trans fazem parte dela. Que tal criarem uma editoria para transexuais conseguirem um emprego? Que tal contratar um jornalista trans para tratar das pautas da forma correta? O único valor desse jornal são os cliques e o título “O mais lido do Rio”?
Wilson Pinheiro. Jornalista e editor do site Comunicação Colorida.
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