Jornalismo de dados atrai jovens empreendedores no Brasil

O Brasil ganhou nos últimos anos novos empreendimentos relacionados ao jornalismo de dados. Trata-se de um reconhecimento dessa ferramenta como uma das principais formas de fortalecer investigações e facilitar a transmissão de determinadas informações. A Abraji, fundada em 2003, foi pioneira no ensino de técnicas de Reportagem com Auxílio do Computador no Brasil.

Nossa equipe conversou com dois dos principais empreendedores da área na atualidade: Natália Mazotte, coordenadora da Escola de Dados, e Sérgio Spagnuolo, executivo do Volt Data Lab. A Escola de Dados é um centro de formação para uso eficaz de dados, e o Volt é uma agência de notícias focada em jornalismo de dados.

Recentemente, Mazotte, no especial da Abraji “O Jornalismo no Brasil em 2017”, afirmou que “ampliar a oferta de capacitações é o primeiro desafio no jornalismo de dados”. Pela Escola de Dados seu trabalho cumpre esse papel.

“Um dos nossos objetivos para este ano é oferecer mais treinamento focado” contou à Abraji. Mazotte antecipou que no segundo semestre deste ano será realizada a segunda edição da CODA (Conferência Brasileira de Jornalismo de Dados). A primeira ocorreu em maio do ano passado em São Paulo.O encontro tem uma grade focada em workshops de ensino de determinadas ferramentas de programação.

Mazotte também conta que a Escola pretende lançar um site novo nos próximos meses. “Tem bastante conteúdo que temos produzido e não colocamos on-line ainda por questões técnicas da mudança de site”.

Já Spagnuolo lançou no último dia 16 um banco de gráficos, o Mono. Autointitulado “uma plataforma de gráficos sobre qualquer coisa”, o Mono tem como inspiração projetos de outros países, especialmente o Atlas, do Quartz.

“Sempre pego dados públicos e sempre com pouco texto. Pretendo ter naturalmente algum recorte maior no Brasil, mas não há restrições”. Como o Volt é conhecido especialmente por jornalistas, ele acredita que a audiência será principalmente de profissionais da comunicação.

“A ideia é mais fazer um experimento do que funciona com gráficos no Brasil do que criar um novo site que acompanhe o noticiário e faça a curadoria a partir daí”. O site é um projeto dentro do Volt e por ora em caráter experimental e aberto a sugestões.

Spagnuolo também antecipou que ainda que, ainda neste mês, todas as imagens e os gráficos do site terão livre reprodução desde que seja feita a citação.

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Abraji

Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo. Criada em 2002 por um grupo de jornalistas brasileiros interessados em trocar experiências, informações e dicas sobre reportagem, principalmente sobre reportagens investigativas. É mantida pelos próprios jornalistas e não tem fins lucrativos.

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