Sempre gostei de ler e manter atualizado, por isso decidi fazer o curso superior em jornalismo. Durante a faculdade tive um professor que motivava a turma a analisar as diferenças na qualidade da cobertura internacional dos veículos de comunicação que enviam profissionais para cobrir notícia e os que contavam somente com agências internacionais. Sempre lia com atenção a parte internacional, mas, sem dúvida, essa atividade extracurricular, influenciou no meu desejo em trabalhar como correspondente.
Mas, como para maioria dos universitários, era preciso superar série de problemas. O principal deles era o financeiro, eu pagava minha faculdade e os únicos estágios que remuneravam o suficiente para pagar a faculdade eram em assessoria de imprensa. Ironicamente, é raro um jornal, rádio ou TV contratar profissional formado sem experiência. Em alguns momentos de desemprego eu tentei ser voluntário, tanto para aprender como para conhecer os profissionais envolvidos. O problema é que isso cria um passivo trabalhista para a empresa. Logo, “fui obrigado” a seguir minha carreira profissional em assessoria.
Apesar de exercer as funções diferentes do meu objetivo inicial, profissionalmente só tenho a agradecer. Tive experiências produtivas e oportunidades de trabalho no Brasil e no exterior. Mudei para o México e, atualmente, moro nos Estados Unidos – EUA. Além disso, a maior parte da minha carreira trabalhei na minha área de formação. No México e aqui nos EUA eu tenho a oportunidade de relacionar com formadores de opinião e empresas relevantes nas suas respectivas áreas de atuação.
Mas, ao mesmo tempo, devo admitir, que é um pouco frustrante ver que a cobertura internacional no Brasil não evoluiu. Acredito que, apenas neste ano, enviei e-mail e mensagem nas redes sociais para cerca de 40 veículos de comunicação entre emissoras de rádio, TV, internet e impresso, nacionais e locais. Como minha situação financeira permite, tenho Green Card e já estou estabelecido aqui nos EUA, posso me dar ao luxo de trabalhar por salário compatível com a realidade brasileira. Expliquei tudo isso nas mensagens que enviei e apenas um veículo, impresso, me respondeu, “estamos cortando custos e não podemos contratar”, respondeu. Logo, acredito que sou a prova viva que provavelmente a qualidade da imprensa brasileira não é melhor por simples falta de interesse.
Se você tem interesse em contar com uma cobertura internacional de qualidade, uma assessoria de imprensa de primeira linha no exterior ou simplesmente quer manter contato, basta enviar um email para jhmf1998@gmail.com ou, por telefone +1(305)608-9922 (Colocar o sinal de + para texto ou chamada no whatsapp).
*João de Freitas. Jornalista.
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