Há um ano o jornal americano The Washington Post começou a veicular notícias escritas pelo robô Heliograf. De acordo com o veículo comprado pela Amazon, neste período, a ferramenta de inteligência artificial escreveu 850 artigos. Inicialmente, os temas eram voltados à cobertura das Olimpíadas do Rio de Janeiro, mas após o evento, outros temas foram incorporados ao trabalho da máquina. As informações são do R7.
Dos 850 artigos publicas pelo robô, 500 tratavam da cobertura das eleições norte-americanas, conteúdo que gerou mais de 500 mil cliques para o jornal. Comparando o volume de publicações do veículo nas duas últimas eleições dos EUA, em 2012 foi produzido apenas 15% do que foi feito em 2016.
A participação da inteligência artificial na atuação da imprensa é defendida, por exemplo, pela agência de notícias Associated Press, que estima que cerca de 20% do tempo dos seus funcionários foi poupado graças a inteligência artificial. A empresa também considera que além da economia de tempo, os robôs ajudam muito na hora de apurar informações precisas.
Apesar de empresas utilizarem e defenderem a inteligência artificial na cobertura jornalística, o modelo digital não é popular em veículos menores e em coberturas locais. O Heliograf consegue analisar e contextualizar dados de jogos de futebol americano no país inteiro, mas não consegue cobrir reunião de vereadores, por exemplo.
Além disso, o The Washington Post consegue contar o número de artigos e de cliques que o robô gerou, mas ainda é difícil quantificar o impacto, o tempo economizado e o valor do trabalho. Também é complexo medir quanto de engajamento, publicidade e assinaturas podem ser atribuídos ao robô.
Os robôs-jornalistas chegam às redações
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