Levantamento traça perfil dos freelancers brasileiros

Jornalistas freelancers brasileiros e de Portugal estão convidados a responder, até 31 de maio, ao primeiro censo sobre a área. A pesquisa é conduzida pela Escola de Periodismo Portátil em parceria com o Orbital Mídia  e pretende traçar um panorama sobre o trabalho, motivações e expectativas para a profissão. A intenção é publicar e divulgar os resultados em meados de junho, colocando o trabalho freelance em debate.

Segundo a jornalista Adriana Garcia, cofundadora e diretora do Orbital Mídia, “a ideia [do censo] é primeiro entender quem são e o que querem os frilas. Depois, com os resultados em mãos, bolar estratégias para tentar fortalecer esse grupo, que só tende a aumentar com a diminuição do tamanho das redações”.

As perguntas incluem dados pessoais, como nome, idade e cidade de residência, e assuntos específicos, como o veículo onde o(a) profissional publica o trabalho, a área sobre a qual escreve, entre outras. As respostas são de múltipla escolha e podem ser preenchidas rapidamente.

O censo considera jornalistas freelancers aqueles que trabalham (ou já trabalharam) de forma independente, os contratados que prestam serviços freelancer a outros veículos, os colaboradores sem contrato e estudantes de jornalismo que estão fazendo seus primeiros trabalhos freelancer.

Além de responder ao censo, os participantes também podem anexar seus currículos no formulário. A Escola de Jornalismo Portátil e a Universidade de Stanford os reservarão e poderão entrar em contato para futuros projetos.

América Latina
Em março, a Escola de Periodismo Portátil realizou a pesquisa com 12.000 jornalistas freelancers que publicam em espanhol em meios latino-americanos, espanhóis e hispano-americanos. Os resultados foram apresentados em abril, no 10º Colóquio Ibero-Americano de Jornalismo Digital, em Austin, Texas.

Dentre os respondentes, 71% eram otimistas em relação ao futuro da indústria de mídia. A maioria era do México, seguido pela Argentina e Colômbia, e 40% deles tinha menos de 35 anos. O censo também revelou que 66% dos participantes trabalhavam com freelance por opção e mais da metade gostaria de empreender de forma mais estruturada.

O censo foi criado por Juan Pablo Meneses, fundador da Escola de Jornalismo Portátil e Knight Fellow da Universidade de Stanford. Criada em 2009, a escola é uma instituição on-line de escrita criativa e não ficção em espanhol, com alunos em mais de vinte países.

O Orbital Mídia é um projeto focado em acelerar a inovação, a criatividade e o empreendedorismo em jornalismo e em comunicação no Brasil, utilizando métodos de startups e design thinking.

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Abraji

Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo. Criada em 2002 por um grupo de jornalistas brasileiros interessados em trocar experiências, informações e dicas sobre reportagem, principalmente sobre reportagens investigativas. É mantida pelos próprios jornalistas e não tem fins lucrativos.

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