São Paulo 20/4/2021 – É como se a pessoa recebesse massagem linfática durante todo o tempo em que estiver com a bandagem
Com um milhão de cirurgias plásticas por ano, o Brasil ultrapassou os Estados Unidos e se tornou o país que mais realiza procedimentos no mundo, segundo última pesquisa da ISAPS (Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética), divulgada em dezembro de 2019.
Além de métodos menos invasivos, o setor conta com um grande avanço nos tratamentos pós-operatórios, caso da técnica japonesa Kinesio taping, que vem ganhando popularidade entre especialistas brasileiros. Utilizando bandagens elásticas funcionais e hipoalergênicas, o método ajuda a minimizar edemas (inchaço), evitar equimoses (roxos) e reduzir ou impedir a formação de fibroses, oferecendo uma recuperação mais rápida e confortável.
“A medicina e a fisioterapia usam bandagens há muito tempo, mas o taping criado nos anos 1970 pelo japonês Kenzo Kaze, apresenta uma densidade muito parecida com a da pele humana, o que permite movimentos mais adequados para a aplicação pós-cirurgia plástica”, explica a fisioterapeuta Ketty Klagenberg, que usa o taping desde 2011. “Não há nenhum medicamento na fita. É o corte e a extensão da bandagem que atuam no sistema linfático ajudando na drenagem”, conta.
Desde que ganharam os holofotes, usadas por atletas como David Beckhamn e Kerri Walsh no tratamento de lesões musculares, as fitas Kinesio expandiram rapidamente em diversos ramos de atuação, atraindo profissionais que vão das salas cirúrgicas às clínicas estéticas.
Proprietária do “Studio Modelo Centro de Beleza e Estética”, em Goiânia, a esteticista Karla Costa se especializou em taping pós-operatório em 2019, por conta da alta procura pelo procedimento. “É como se a pessoa recebesse massagem linfática durante todo o tempo em que estiver com a bandagem”, explica. Dependendo do modelo e da marca, a fita pode durar até 7 dias na pele sem precisar ser trocada, mas só um profissional certificado pode realizar o tratamento, tendo em vista que a aplicação errada pode resultar em lesões e danos irreparáveis à pele. Karla vem se aperfeiçoando na aplicação do taping para a recuperação da Brazilian Butt Lift (BBL), cirurgia de aumento de glúteos, número 1 no ranking dos procedimentos mais populares nos Estados Unidos no ano passado, de acordo com a Sociedade Americana de Cirurgiões Plásticos. “Na área enxertada, ou seja, no bumbum, não se pode fazer massagem para evitar que o corpo absorva a gordura injetada. Daí a importância do taping nesse pós-operatório”, afirma.
O avanço do setor de cirurgias plásticas tem ajudado a impulsionar o mercado global de fitas Kinesio, avaliado em 161 milhões de dólares em 2019, e com expectativa de atingir 277 milhões até 2026, segundo pesquisa divulgada pela Industry Research Co. em janeiro de 2021. O Brasil figura entre os países que apresentam maior crescimento no setor, ao lado dos Estados Unidos, Canadá e Europa.
Website: https://www.isaps.org/pt/
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