#EspecialDiaDasMães
Teve um tempo que eu imaginava que a minha mãe nunca ia entender o meu trabalho. Jornalista que cobre assuntos relacionados a jornalistas (?) Confuso até para os mais experientes. Foram tantas pautas compartilhadas, especiais escritos e indignações trocadas que estou certa: ela acabou sendo contaminada.
Não me lembro exatamente como a minha mãe reagiu quando eu disse que seria jornalista, mas me recordo como se fosse hoje do orgulho que ela sentiu e do apoio que me deu. Eu ainda tinha 17 e não fosse a assinatura de Dona Flor nas infinitas papeladas da faculdade, não estaria aqui. Foi ela quem me levou para a aula no primeiro dia preocupada com o trote. “Você não vê o jornal todo dia falando de gente que se machucou nesse negócio de trote?”, me questionava como quem diz “precisa ver mais o jornal, hein, tá querendo ser jornalista e nem assiste TV”. Fomos juntas. Mas, diferentemente de mim, minha mãe não teve a oportunidade de estar dentro da universidade. Mas ela estava ali, de alguma maneira, em tudo.
Dona Flor é hoje a pessoa que mais me pauta. “Jornalista que cobre assuntos relacionados a jornalistas”: ela entende melhor do que eu. Ela me conta tudo que eu não pude saber por que estava em outra pauta. Dona Flor faz análises, acompanha a vida de coleguinhas da imprensa, arrisca ao apostar em algumas movimentações no melhor estilo “vai e vem” e me liga quando o assunto é quente, pois ela sabe que nem sempre dá para ver o WhatsApp. E não me perguntem como chegamos até aqui, quando eu vi, a redação do Portal Comunique-se já havia “ganhado” uma colaboradora!
Dizem que o bom jornalista é aquele que sabe ouvir. Parabéns, Dona Flor, você é a jornalista que eu quero ser! Você é a ouvinte que eu quero ser em cada pauta que cruzar o meu caminho. Obrigada por me transformar em uma profissional melhor todos os dias.
Com amor,
por todo apoio, tempo dedicado e conselhos.