Levar para a cidade de Manaus discussões sobre investigações no âmbito ambiental, coberturas densas, apurações sobre crime organizado e “tradução” de dados. Esse é o objetivo central da primeira edição do Seminário de Jornalismo Investigativo da Amazônia. Com organização de Angelina Nunes e Clayton Pascarelli, comunicador local e apresentador da Record TV, o evento será realizado no sábado, 30 de novembro, no Tropical Executive Hotel, a partir das 8h. Tendo limitação de vagas, as inscrições ainda estão abertas.
O 1º Seminário de Jornalismo Investigativo da Amazônia é, conforme o nome indica, direcionado a profissionais da imprensa na região de Manaus. Pesquisadores e professores de comunicação social também serão bem-vindos, ressalta a organização do encontro. O mesmo vale para quem estiver se graduando na área. Aliás, esse público tem condições especiais. Assim como ocorre em teatro e cinema, por exemplo, estudantes pagam meia. Enquanto profissionais têm de investir R$ 300,00, eles podem acompanhar todo o evento desembolsando R$ 150,00.
Além da presença de Angelina Nunes, responsável pela coordenação do evento em parceria com Clayton Pascarelli, o 1º Seminário de Jornalismo Investigativo da Amazônia tem a sua programação estruturada em comunicadores de nível — e reconhecimento — nacional e até internacional. Marcelo Soares, do qual este editor teve honra de ser aluno na especialização de jornalismo digital pela ESPM de São Paulo, conduzirá a palestra “Conversando com Dados, como conseguir informações pela internet”. Em pauta, como trabalhar com planilhas e como construir pautas com base na Lei de Acesso à Informação.
Vera Araújo, Emanuel Alencar e Sérgio Ramalho também estarão em Manaus no fim de semana. Ela abordará um caso emblemático e de um tipo de trabalho de forma geral. “Caso Marielle e outras coberturas de grande repercussão, como a descoberta das milícias do Rio de Janeiro” é o tema da palestra a ser comandada pela jornalista no 1º Seminário de Jornalismo Investigativo da Amazônia. Emanuel Alencar, por sua vez, falará de “Investigação no Meio Ambiente”. Enquanto isso, caberá a Sérgio Ramalho expor sobre outro ponto delicado: “Investigação de Crime Organizado”.
Idealizador e coordenador do 1º Seminário de Jornalismo Investigativo da Amazônia, Clayton Pascarelli destaca o valor educativo do evento. O jornalista, que integra o time de apresentadores da Record TV em Manaus, sinaliza, ainda, que é preciso veículos e colegas se atualizarem. “Hoje, raramente um veículo de comunicação investe em formação de seus colaboradores. A gente vê congressos de médicos, administradores, contadores, advogados, mas pouco se vê sobre a comunicação no geral, mesmo sendo uma área superimportante para o desenvolvimento de todas. Com uma comunicação bem feita e direcionada a sociedade sai beneficiada num todo”.
Confira, abaixo, a apresentação dos palestrantes — conforme divulgado pela organização do evento:
Jornalista, mestra em Comunicação Social pela UERJ, MBA em Formação de Executivos Infoglobo pelo Ibmec, graduada em Comunicação Social pela UFRJ (ECO) e professora universitária. Orientou TCCs em Jornalismo Investigativo em parceria com a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), da qual foi presidente no biênio 2008-2009. Atualmente, ela integra o conselho da entidade e coordena o Programa Tim Lopes, que trata da investigação e acompanhamento dos casos de agressões graves e assassinatos de jornalistas no Brasil. Tem mais de 30 anos de experiência em redações. Recebeu os prêmios de jornalismo Rey de España, IPYS, SIP, Prémio Fundación Nuevo Periodismo Iberoamericano e Esso com a série de reportagens “Os Homens de Bens da Alerj”; Vladimir Herzog, Every Human Has Rights Media Awards, Embratel e CNH com a série “Favelas S.A”; Embratel com a série “Propinoduto”; Esso com a série “As Quentinhas”; Esso com “Tribunal do Tráfico”.
Jornalista, fundador da empresa de análise de dados e desenvolvimento de audiência Lagom Data. É membro do Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (ICIJ) e foi membro fundador e o primeiro gerente da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji). Primeiro editor de audiência e dados da Folha de São Paulo, lecionou jornalismo de dados nas pós-graduações em jornalismo digital da ESPM e da PUCRS. Colaborou com o Los Angeles Times, Wired News e MTV Brasil. Trabalhos seus com análise de dados para reportagem ganharam prêmios Esso (2006), Petrobras (2017) e INEP (2018). Desde 2016 se dedica a consultorias e oficinas de audiência e análise de dados em diversas empresas de comunicação.
Carioca, formou-se em jornalismo pela Universidade Federal Fluminense (UFF). Tem pós-graduação em Gestão Ambiental pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e mestrado em Engenharia Ambiental pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj). Atualmente, ele é editor de Conteúdo e Sustentabilidade do Museu do Amanhã, onde atua na elaboração de exposições, atualização da exposição principal e organização de palestras e eventos. Com experiência de 14 anos em jornais impressos – como O Fluminense e O Globo – atua como freelancer no projeto #Colabora e no portal ((o))eco.
Jornalista há 30 anos e advogada. Trabalhou no Jornal do Brasil e está no Globo há 19 anos, atuando como repórter na área de jornalismo investigativo. Em 2005, Vera revelou em O Globo a existência das milícias, grupo formado por policiais, bombeiros e ex-policiais que extorquem dinheiro dos moradores de comunidades a pretexto de lhes “oferecer” segurança privada ao expulsar traficantes. Em troca, eles cobram ainda pela venda de gás e serviços de TV à cabo, transporte alternativo, internet e outros. A reportagem sobre as milícias, nome criado por ela, lhe rendeu o Prêmio Tim Lopes de Jornalismo Investigativo, em 2008, além de outra premiação, em 2010, com a matéria “Exército de Laranjas”, na qual revelou as fraudes nas licitações de compras do Instituto Militar de Engenharia do Exército (IME).
Em 2009, foi vencedora do Prêmio Esso Sudeste, com o trabalho em equipe na série “Democracia nas Favelas”, pelo Globo. Foi agraciada ainda com o Prêmio Mulher Imprensa, na categoria repórter de jornal, em 2012. Venceu dois prêmios Embratel, em 2008 e 2003, com as séries “Dimenor: Os Adultos de Hoje”, sobre o destino de uma geração de adolescentes infratores após terem completado 18 anos; e “No Rastro das Propinas (O Caso do Propinoduto), ambos em equipe, publicadas no jornal O Globo.
Jornalista investigativo independente. Bacharel em Comunicação Social, com especialização em Jornalismo, pela antiga Universidade Gama Filho. Foi repórter especial no Jornal O DIA e no GLOBO. Em 25 anos de jornalismo publicou reportagens nas revistas Status, Veja e nos jornais Washington Post, USA Today e Folha de São Paulo. É colaborador dos sites UOL e The Intercept Brasil. Recebeu vinte prêmios internacionais e nacionais nas categorias jornalismo investigativo, direitos humanos e responsabilidade social, com destaque para: Interamericano de Imprensa (SIP), Instituto Prensa y Sociedade (IPYS), Vladimir Herzog, Esso de Reportagem Nacional, Barbosa Lima Sobrinho (Embratel) e Tim Lopes de Jornalismo Investigativo.
O quê?
1º Seminário de Jornalismo Investigativo da Amazônia
Quando?
30 de novembro (sábado), das 8h às 18h
Como participar?
Inscrições disponíveis no site Mundo Amazônia
Valores?
Profissionais: R$ 300,00. Estudantes: R$ 150,00
Onde?
Tropical Executive Hotel
(Av. Coronel Teixeira, 1.320 A – Ponta Negra – Manaus/AM)
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