Um projeto que nasceu em 2010, na urgência de ajudar quem perdeu tudo com a tragédia das chuvas no município de Palmares (Pernambuco). Treze anos depois, muitos desdobramentos e projetos com missões específicas, dentro de um mesmo propósito: fazer do voluntariado a grande força capaz de transformar as pessoas e suas comunidades.
Essa é a Rede Muda Mundo, capitaneada por Fábio Silva, seu fundador, que hoje lidera um conjunto de iniciativas e projetos de empreendedorismo social no Brasil. A RMM é a teia que interliga vários projetos, cada um com um propósito mais específico: Transforma Brasil (social tech de engajamento cívico); Casa Zero (centro de inovação sociocultural para a transformação de território); Porto Social (rotas educacionais para líderes e iniciativas sociais); Fábrica do Bem (produtora de experiências socioemocionais positivas para líderes sociais); e Novo Jeito (mobilizadora local de ações sociais e emergenciais). Todas as iniciativas têm como essência a principal matéria-prima da transformação social: o voluntariado.
A Rede Muda Mundo e suas ações reúnem mais de 7 mil iniciativas, quatro milhões de horas de trabalho voluntário, qualificação de mais de 500 líderes de iniciativas sociais há mais de 10 anos. “O grande sonho é que a solidariedade e a generosidade sejam os maiores ativos de justiça social do Brasil e do Mundo”, declara Fábio. Segundo Silva, é possível implementar a cultura do voluntariado em todas as áreas da sociedade, unindo poder público, iniciativa privada, terceiro setor e a sociedade civil.
Segundo Fábio, o objetivo de unir os projetos sob um mesmo guarda-chuva faz parte de um processo de estruturação da empresa, que contou com apoios fortes, como o do embaixador da boa vontade da UNESCO, empresário, filantropo e publicitário Nizan Guanaes. “Ele nos fez perceber que, se uníssemos todas as marcas, elas teriam mais potência e representatividade”, comenta. Através de Nizan, a Rede agora conta com o apoio da Accenture, empresa global de consultoria de gestão, serviços de tecnologia e outsourcing. “Quando o Nizan Guanaes esteve no Recife, entrou em contato com nosso CEO para Mercados Emergentes, Leonardo Framil, e fez uma ponte comigo e com o time da Rede Muda Mundo”, conta o diretor executivo da Accenture, Luis Fernando Silva.
“Estamos no Porto Digital, com 3 mil funcionários no Nordeste, e queríamos impactar mais o território local. Ao conhecer os projetos da RMM, percebemos que seria possível nos engajar com o que temos de melhor e mais genuíno: o know-how da Accenture em desenvolver soluções com tecnologia ”, narra Luis Fernando. “Assumimos um espaço dentro da Casa Zero, no coração do Bairro do Recife, onde criamos o nosso primeiro Centro de Inovação Social, com qualificações voltadas para o bairro do Pilar e as pessoas que habitam o nosso entorno, na capital pernambucana”. Segundo Fábio Silva, este foi um divisor de águas para todos os projetos. “Ganhamos inteligência e velocidade. Agora temos condições de ter uma escala e alcance muito maior”. explica.
Outro protagonista na concepção desta nova arquitetura da Rede Muda Mundo, enquanto ecossistema social, é a Baterias Moura, através do presidente do Conselho de Administração, Paulo Sales. “Durante a pandemia, conheci o trabalho de Fábio Silva. Atuamos juntos e vi a capacidade da Rede Muda Mundo em construir projetos, mobilizar e motivar um exército de voluntários”, relata. “Nessa mesma época, percebi a dificuldade no entendimento do que era a atuação e papel social individual das iniciativas”. Faltava ligação, uma estrutura de marca, que deixasse mais clara a essência dessas iniciativas e como todos os projetos se conectam”.
Para Sales, a melhor maneira de apoiar a RMM foi se envolver em uma mentoria ampla, que está atuando em três pilares: gestão, governança e arquitetura de marca. “O Grupo Moura viabilizou a estrutura profissional para operacionalizarmos esse apoio e eu estou coordenando os grupos de trabalho envolvidos”, afirma. “O branding, nova arquitetura de marca, assinado por Ricardo Guimarães e Karina da Fonte, da Thymus Upframing, será o Norte para orientar o caminho que a Rede Muda Mundo deve trilhar a partir de agora”, explica.
Segundo Ricardo Guimarães, fundador e CEO da consultoria Thymus Upframing, a necessidade apresentada foi promover maior clareza sobre o que é a rede e, assim, ampliar a compreensão e sua atratividade junto aos diversos públicos nas cadeias de atividades e soluções. “O posicionamento de uma rede que possui uma só essência e que dela derivam iniciativas focadas no mesmo propósito. A nova marca criada – Rede Muda Mundo (RMM) – é a materialização desse processo de amadurecimento e consolidação do portfólio criado até aqui: Novo Jeito, Transforma, Porto Social, Fábrica do Bem, Casa Zero”, explica.
“Esse processo de amadurecimento passa pelo entendimento sobre a Essência e Proposta de Valor da RMM – com crenças norteadoras, propósito, valores, aspiração para o futuro, princípios operacionais, atributos desejados e posicionamento”, disserta. Para Karina da Fonte, representante da Thymus no Nordeste, a partir do conjunto de diretrizes, as equipes que compõem a RMM vêm fortalecendo a sintonia interna “. Tudo isso já começa a refletir também nas relações externas, a partir do grau elevado de consciência do time sobre a identidade e valor da RMM”.
O diretor de Relações Institucionais da Neoenergia, João Paulo Rodrigues, também integra o grupo de trabalho de fortalecimento da Rede Muda Mundo. Para ele, essas iniciativas colaborativas culminam em ações concretas e transformadoras. Como empresa socialmente responsável, temos como premissa apoiar projetos que façam diferença na vida das pessoas e contribuam com um mundo mais justo e inclusivo”, explicou o executivo.
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