O Marketing de Engajamento é uma das ferramentas mais utilizadas e de maior sucesso no mundo. Abraçar causas, e fazer disso um diferencial para atrair consumidores, é prática antiga que se recicla de acordo com os movimentos que geram maior repercussão na sociedade. Quando se descobriu que simpáticos cachorrinhos eram utilizados pela indústria de medicamentos para seus experimentos, não apenas os laboratórios -, mas também o setor de cosméticos -, trataram logo de exibir em sua rotulagem a singela mensagem: “não testamos esse produto em animais”.
Conseguiram apagar um incêndio, e ainda ganharam um diferencial competitivo em relação àqueles que, por nunca terem testado suas fórmulas em animais, acharam desnecessário acrescentar essa informação em sua comunicação.
Outra fonte inesgotável para o Marketing de Engajamento é o meio ambiente: “usamos materiais recicláveis em nossas embalagens”. “A cada árvore retirada, plantamos mil em seu lugar”, e por aí vai. A onda agora são os produtos veganos. Zero gordura ou proteína animal, tudo feito na base da cenoura e beterraba. Roupa de couro? Nem pensar.
De uma forma ou de outra, todos nós estamos engajados em algum tipo de causa. Por isso que o Marketing de Engajamento é tão eficiente. Esses gatilhos emocionais funcionam bem, desde que a qualidade do produto corresponda às expectativas e desejos do cliente. Um bom exemplo é a Natura, que incorporou o conceito de preservação da floresta Amazônica ao seu marketing, de forma tão inteligente que é possível sentir a pureza da água, o frescor da mata e o perfume da natureza só de abrir a tampa.
Ora, se as indústrias de perfumes investem milhões de dólares para substituir o âmbar proveniente das baleias, utilizado na fixação de suas fragrâncias, se a ministra do Meio Ambiente da França pede à população que não consuma o creme Nutella, cujo óleo vegetal utilizado em sua matéria-prima vem contribuindo para o desmatamento na Indonésia e na Malásia, não está na hora de a indústria começar a projetar suas estratégias de marketing para as complexidades sociais dos seres humanos?
No Brasil, por exemplo, 14 milhões de trabalhadores estão desempregados. Outra massa populacional, em número ainda maior, está fora do consumo de bens supérfluos, que são tudo aquilo que não serve para matar a fome. Pois em que pese o governo atrapalhando a vida do empresariado, onde a burocracia e os juros extorsivos inibem a capacidade de investimentos, chegamos a um ponto limite em que não é mais possível cruzar os braços e esperar que alguma coisa boa aconteça vinda de Brasília.
Desse modo, porque não se valorizar o que se tem, imprimindo em rótulos, embalagens de biscoito, caixas de leite, mensagens do tipo: “esse produto gera 200 empregos diretos e indiretos; obrigado por sua preferência”. “Todas as matérias-primas dos nossos produtos são 100% nacionais, e geram milhares de empregos indiretos”. E que tal ser ainda mais ousado, estampando um “Faça parte de nossa equipe; mande seu currículo para…” O Marketing de Engajamento cria vínculos emocionais com o consumidor.
A Wcriativa não foge desse padrão de conduta. Somos totalmente engajados com o planejamento estratégico dos nossos clientes, buscando superar expectativas em todos os nossos serviços. Um dos cases de sucesso que muito nos orgulha foi a contratação para remodelar o mix de produtos de uma indústria de cosméticos, que enfrentava grande dificuldade financeira. Foi um trabalho árduo, que consumiu seis meses de muitas idas e vindas ao cliente. Mas valeu a pena. O varejo absorveu tudo o que criamos, e em menos de dois anos uma gigante do setor de cosméticos fez uma proposta irrecusável de compra para o nosso cliente. Todos ganharam.
Nosso marketing de engajamento, portanto, é o compromisso com o sucesso dos nossos clientes, para que cresçam, gerem empregos e contribuam para o desenvolvimento econômico do Brasil.
Celso Raeder. Diretor-executivo da WCriativa Comunicação e Marketing.