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Marketing e tecnologia auxiliam campanhas de saúde no Brasil

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No Brasil, a união entre tecnologia e marketing desempenha um papel fundamental na elaboração de campanhas de saúde. Com grande relevância na busca pela adesão da população, essa abordagem se destaca como uma ferramenta de poder na elaboração de estratégias educativas e de conscientização. Por meio da utilização de aplicativos, plataformas de saúde e a crescente integração da telemedicina, junto com a análise de dados e influenciadores digitais, surge um cenário propício para a concepção de campanhas abrangentes e importantes, abordando tópicos como prevenção, imunização, doações e apoio.

No Brasil, o oitavo mês do ano é marcado pelo movimento Agosto Dourado, que visa incentivar e conscientizar sobre o aleitamento materno. Instituído pela Lei nº 13.435/2017, este período traz ações intersetoriais para disseminar a importância do aleitamento, incluindo palestras, eventos e divulgações. O termo simboliza a promoção da amamentação, associando a cor dourada à qualidade do leite materno, uma estratégia eficaz para melhorar a saúde e o desenvolvimento infantil, além de contribuir para o bem-estar social e econômico.

O cenário nacional engloba não apenas o mês de agosto, mas se estende ao longo do ano com diversas campanhas de conscientização, cada uma associada a uma cor específica. Esses movimentos têm o objetivo de direcionar a atenção da população para temas de prevenção e cuidado. O Outubro Rosa, por exemplo, aborda o câncer de mama, o Novembro Azul enfoca o câncer de próstata, enquanto o Dezembro Laranja destaca a prevenção do câncer de pele. Essas iniciativas visam sensibilizar para a importância dos cuidados preventivos e o diagnóstico precoce de doenças.

Neste ano, o governo federal promoveu diversas iniciativas de conscientização. Destacam-se a Campanha Nacional de Amamentação, focada na importância do aleitamento materno, e a Multivacinação, em estados como Amapá, Amazonas e Acre, para ampliar a imunização. Outras campanhas abordam o combate à Dengue, Zika e Chikungunya, a prevenção da Malária, conscientização sobre Tuberculose e IST (Infecções Sexualmente Transmissíveis). A mobilização pela vacinação também ocorre com o Movimento Nacional pela Vacinação Contra a Gripe e a Vacinação Contra a Covid-19.

O especialista em desenvolvimento de software, Matheus Lúcio, destaca o papel crucial da tecnologia e do marketing no desenvolvimento de campanhas de saúde no Brasil, principalmente para atingir e envolver a população com eficácia. Ele ressalta que existem diversas maneiras de empregar essas ferramentas em iniciativas de saúde.

“O marketing digital pode ser utilizado para disseminar informações relevantes sobre saúde para o público, por meio de blogs, vídeos, infográficos e posts em redes sociais. A tecnologia, por sua vez, ajuda a tornar essas informações mais acessíveis e compartilháveis. Desenvolvimento de aplicativos e plataformas que auxiliem no monitoramento da saúde, lembrete de medicamentos, dicas de bem-estar e acesso a informações médicas confiáveis”, afirma. Além disso, segundo Lúcio, a tecnologia permite a realização de consultas médicas online, o que pode facilitar o acesso à saúde para pessoas que enfrentam dificuldades em deslocar-se até um hospital ou clínica.

De acordo com o especialista, o marketing pode se beneficiar do uso de análise de dados para segmentar a audiência e personalizar as campanhas de acordo com as necessidades específicas de cada grupo. “Parcerias com influenciadores digitais da área da saúde podem ampliar o alcance das campanhas e aumentar a credibilidade das mensagens transmitidas”, acrescenta.

Lúcio ressalta ainda que o marketing pode ser usado para incentivar a adesão a campanhas de vacinação e sensibilizar a população sobre a importância da prevenção de doenças. “Tecnologias de crowdfunding e plataformas de arrecadação podem ser usadas para angariar recursos para causas de saúde e ajudar pacientes em situação vulnerável”, aponta.

O especialista enfatiza que ferramentas e estratégias são fundamentais nesse contexto. Ele menciona a importância da utilização das redes sociais, como Facebook, Instagram, Twitter e LinkedIn, para disseminar informações e fomentar interações com o público.

Além disso, Lúcio evidencia outras estratégias eficazes que incluem o emprego de e-mail marketing para a distribuição de newsletters e informações pertinentes, a implementação do SEO (Search Engine Optimization) para maximizar a visibilidade dos conteúdos nos motores de busca, a utilização de anúncios pagos em plataformas digitais visando expandir o alcance das campanhas, bem como a incorporação de chatbots para o atendimento de questões frequentes e para aprimorar a interação com o público.

Aspectos Legais

O Manual de Publicidade Médica, Resolução nº 1.974/11 do CFM, orienta que os anúncios médicos sigam a legislação vigente e as normas éticas. O Artigo 4º da resolução orienta os médicos a buscar a Codame (Comissão de Divulgação de Assuntos Médicos) dos Conselhos Regionais de Medicina para garantir a conformidade dos anúncios. Em mídias impressas, peças publicitárias e mobiliário urbano, como jornais, revistas, cartazes e outdoors, é essencial incluir os dados de identificação do médico ou do diretor técnico médico (em estabelecimentos/serviços de saúde) com a mesma visibilidade de outros elementos na peça.

Quanto aos aspectos legais, o especialista afirma a importância do cumprimento das leis brasileiras, especialmente no contexto de campanhas de saúde, que exercem um impacto direto sobre as vidas das pessoas. Portanto, é essencial que os envolvidos nessas iniciativas estejam vigilantes em relação a questões como publicidade enganosa, a utilização de informações pessoais, obtenção de consentimento informado, conformidade com o código de ética médica, bem como as restrições ligadas a produtos e critérios adicionais de relevância.

Lúcio finaliza enfatizando que a sinergia entre tecnologia e marketing emerge como uma aliança de grande potencial nas campanhas de saúde no Brasil, desde que conduzida com integridade e em conformidade com os parâmetros legais. “O foco na educação, prevenção e acesso à informação são pilares fundamentais para melhorar a saúde da população e conscientizar sobre a importância do autocuidado e do acompanhamento profissional adequado”, conclui.

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