São Paulo, SP 15/2/2021 –
O tema da diversidade e inclusão já vinha sendo debatido com frequência dentro das empresas. A pandemia exige do mercado uma resposta rápida para a recuperação econômica. Especialistas comprovam que times diversos promovem ambientes corporativos mais criativos, mais inteligentes, mais engajados, mais inovadores e por consequência, melhores experiências para os consumidores finais.
As consequências disso foram reveladas pelo estudo Oldiversity®, realizado pelo Grupo Croma, que mostrou que um em cada cinco brasileiros admite já ter tido alguma atitude racista e que 77% dos pretos acreditam que as empresas têm preconceito ao contratá-los. Segundo Edmar Bulla, CEO do Grupo Croma, falta consistência das empresas. “As empresas gastam muito com publicidade, mas fazem isso apenas uma vez por ano. Mas se a empresa apoia a longevidade e diversidade, cadê os mais velhos no quadro de funcionários? E os LGBT+?” O estudo Oldiversity® busca estabelecer um parâmetro para avaliar empresas que se preocupam com assuntos ligados à longevidade e à diversidade de orientação sexual. De maneira geral, diz Bulla, as empresas estão muito longe do que o público espera, seja na publicidade, oferta de produtos e serviços e em empregabilidade para pessoas LGBT+, idosos e pretos.
No entanto, 67% das pessoas entrevistadas desejam que exista mais diversidade nas marcas e nas empresas – o que também é visto como uma importante questão de representatividade, já que, dessa forma, passam a se perceber como parte da sociedade, elevando sua autoestima e sua coragem em ingressar no mercado de trabalho. 72% dos LGBT+ entrevistados gostariam de ver mais propagandas com elementos de diversidade. Dentre os segmentos mais associados pelos LGBT+ o setor de cosméticos, beleza e higiene pessoal foi o mais apontado com 52% e é o setor da propaganda que mais apresenta elementos da diversidade hoje no Brasil. Natura e O Boticário são as marcas mais associadas à diversidade LGBT+ com (32%) e (21%) respectivamente.
LGBT+ ainda sofrem preconceito por sua orientação sexual e acreditam que o atual governo influencia o aumento dele: 73% dos LGBT+ entrevistados dizem que o governo influenciou no aumento do preconceito de gênero ou orientação sexual, ou seja, 7 em cada dez brasileiros LGBT+ afirmam que o atual governo influenciou negativamente a diversidade e 53% já sofreram algum tipo de discriminação pela sua orientação sexual. O estudo desmembra, com riqueza de detalhes, dados também sobre o preconceito racial, tema discutido diariamente nas grandes mídias. O preconceito racial persiste no mercado de trabalho, uma vez que 61% acreditam que as empresas têm preconceito em contratar pretos e 23% reconhecem que já tiveram alguma atitude racista.
Metodologia
O estudo traz amostra de 47% do gênero masculino, 53% feminino, sendo 92% heterossexual, 4% homossexuais, 3% bissexuais, 1% assexual. Brancos representam 49% da amostra, enquanto 40% são pardos, 9% pretos, PCDs representam 11% dos entrevistados. A faixa etária da amostra foi dividida em 9% com idade entre 16 e 20 anos, 34% entre 21 a 30 anos, 20% entre 31 a 40 anos, 16% entre 41 a 50 anos, 14% de 51 a 60 anos e 7% com 61 anos ou mais. Outro dado importante na pesquisa é a composição de católicos e evangélicos totalizando 66% e o número de ateus que surge com índice de 14%.
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