Uma Pesquisa Febraban de Tecnologia Bancária trouxe números relevantes sobre o uso de soluções tecnológicas no tratamento de dados pelos bancos brasileiros. Com participação de dezesseis instituições, o levantamento apontou que o investimento do setor em tecnologia da informação (TI) em 2022 foi de R$ 34,9 bilhões.
Ainda segundo a publicação da Febraban, o setor bancário é, dentre os setores privados, o que mais investe em tecnologia, tanto no Brasil como no mundo. O uso de Inteligência Artificial (IA), por exemplo, foi apontado pelo estudo como uma das tecnologias prioritárias na área de TI dos bancos, sendo utilizada em diversos serviços como segurança cibernética, biometria facial e chatbots, entre outros.
A segurança cibernética foi um dos destinos de investimento que o estudo avaliou com mais detalhes, entrevistando profissionais do setor sobre o uso de novas tecnologias no processamento de dados nessa área. De acordo com o levantamento, as despesas dos bancos com treinamento de profissionais de TI para a segurança cibernética mais que dobraram entre 2021 e 2022, passando de R$ 6,4 milhões para R$ 14,2 milhões.
O investimento em tecnologia não é exclusividade dos grandes bancos. O setor financeiro, de forma geral, trabalha com grandes volumes de dados para atender às necessidades dos clientes, explica o especialista Guilherme Mendonça, sócio-diretor da Hectare Capital, gestora de ativos financeiros. “O acesso a um volume massivo de dados possibilita uma compreensão mais precisa do mercado. O data science ajuda no processamento e extração das informações mais relevantes, gerando inteligência e trazendo mais agilidade para o dia a dia das gestoras”, detalha Mendonça.
Data Science e inovações tecnológicas
Data science, ou ciência de dados, envolve analisar um grande número de dados e informações e se beneficia de soluções tecnológicas como as mencionadas pelas instituições participantes do estudo da Febraban. “No caso das gestoras, o uso de ferramentas para análise e processamento de dados são fundamentais para a modernização de áreas como gerenciamento de portfólio, gestão de risco e negociação, permitindo a análise de grandes conjuntos de dados com maior profundidade e em menos tempo”, explica Mendonça. “É importante lembrar que elas facilitam o dia a dia, mas não substituem a figura do gestor experiente e com conhecimento de mercado, capaz de fazer a leitura correta desses dados”, reforça.
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