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Mercado funerário se adapta à longevidade da população brasileira

A América Latina vem acompanhando uma tendência mundial de aumento nas taxas de envelhecimento da população. Segundo o Relatório de Economia e Desenvolvimento 2020, elaborado pelo CAF-Banco de Desenvolvimento da América Latina, até 2050 a população com mais de 65 anos será o dobro da porcentagem atual, chegando a 17,5%. O Brasil se destaca nesse cenário e deve ser o 6º país no mundo com mais idosos nesse período.

Dados parciais levantados pelo IBGE, no mês de agosto, confirmam as estatísticas de que a população brasileira está envelhecendo. Colocando em números, entre 2012 e 2021, 12,2 milhões de brasileiros ingressaram no grupo de pessoas com 60 anos ou mais.

Quando falamos em pessoas idosas, a temática da morte também entra em evidência. O assunto é um tabu entre os jovens, mas entre a população idosa é tratado com mais naturalidade. “Ao contrário de ser uma sentença para aqueles que passaram dos 65 anos, hoje, pensar na morte é uma oportunidade de planejamento, pois as pessoas estão alcançando a longevidade com mais saúde, disposição e renda do que as gerações passadas. Vemos isso na prática, diariamente” afirma Cesar Medeiros, diretor comercial e de marketing do Grupo Zelo, empresa do segmento funerário. De acordo com dados do IBGE, a expectativa de vida dos brasileiros, que era de 45,5 anos em 1945, passou para 76,8 anos em 2020.

São inúmeros os produtos e serviços que vem surgindo no mercado, direcionados aos que chegaram à melhor idade. As empresas que não têm um olhar de cuidado e atenção, para esta geração podem estar remando contra a maré e perdendo uma ótima oportunidade de mercado. A chamada “economia prateada” movimenta valores altos em todo o mundo, e no Brasil não é diferente. Já existem no mercado empresas com produtos e serviços focados nesse público, como um aplicativo de transporte/mobilidade exclusivo para idosos, em São Paulo, ou até mesmo uma franquia de academias voltada para a terceira idade.

Um levantamento recente feito pela agência de relações públicas e marketing norte-americana FleishmanHillard, indica que os idosos movimentam cerca de R$ 1,6 trilhão por ano. E nesse cenário, a inclusão da população longeva na dinâmica social e comercial se mostra cada vez mais urgente.

Especialistas afirmam que os idosos estão mais exigentes quanto aos produtos e serviços que utilizam, prezando por um atendimento diferenciado, mais do que o preço baixo. No setor funerário, é preciso se diferenciar para agregar valor ao negócio e se destacar entre as mais de 13 mil empresas do setor no Brasil.  “Para alcançar e se relacionar com os associados longevos, investimos no atendimento humanizado e empático. Como eles estão preocupados com a qualidade de vida e bem-estar, ofertamos, ainda, uma rede de descontos, com serviços voltados para saúde, permitindo que os clientes possam usufruir do seu investimento funerário ainda em vida” ressalta Medeiros.

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