Algumas empresas estrangeiras que oferecem serviços a serem prestados no exterior para clientes brasileiros, como, por exemplo, as operadoras e agências de turismo internacionais, não contam com uma filial em solo brasileiro para receber os valores decorrentes de uma venda. Dessa forma, para poder oferecer para os clientes o método de pagar através de meios de pagamento locais como PIX, boleto, cartão de crédito e débito locais, parcelamento entre outros, as empresas podem contratar uma facilitadora de pagamentos que fica responsável pela cobrança e repasse dos valores.
Assim, a maneira que os clientes brasileiros têm para acessar os produtos ou serviços destas empresas é através do fechamento direto de uma operação de câmbio, ou através do uso de cartão de crédito internacional que possui uma alíquota de IOF de 6,38%, o que encarece o produto já na hora do pagamento.
De acordo com o Banco Central (BC), os brasileiros gastaram US$ 4,79 bilhões em viagens internacionais de janeiro a maio deste ano. O valor é 220% maior do que o registrado no mesmo período de 2021, quando as despesas somaram US$ 1,50 bilhão. Esses números são influenciados por outros fatores, como o nível de atividade e o preço do dólar, usado nas transações internacionais. Isso porque as passagens e as despesas com hotéis, por exemplo, são cotadas em moeda estrangeira.
Para driblar esses gastos, já existe um método permitido pela legislação onde empresas internacionais possam oferecer aos clientes brasileiros métodos locais de pagamento com confirmação instantânea, como PIX e cartão de crédito local. Esta atividade é conhecida como facilitação de pagamentos internacionais e os prestadores deste tipo de serviço são regulados pelo Banco Central do Brasil sob a nomenclatura eFX.
A atividade de eFX é comum no pagamento de plataformas de streaming, games e sites de apostas. Nestes casos os “merchants”, como são chamados os fornecedores de produtos e serviços cadastrados junto a esse serviço que oferecerem aos clientes alternativas de pagamento locais, utilizam-se de APIs dos eFX nos seus e-commerces para que este capture a moeda em real e, posteriormente, realize uma operação de câmbio para remeter em moeda estrangeira para os merchants.
“Esse método permite que, uma vez cadastrado, o Merchant possa realizar as cobranças através da própria plataforma, e não apenas via APIs no próprio website do Merchant”, explica Marcelo de Castro, CEO da Efex Finance
Com isso, a forma de pagamento possibilitada pelo eFX se propõe a levar soluções nesse aspecto para os segmentos com características B2B. Nesse cenário, as negociações não são realizadas em um website, como é o caso do trade do turismo internacional em que Operadoras e Brokers de turismo de diferentes países negociam serviços a serem prestados para os clientes finais nos respectivos países.
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