Posso dizer: os millennials não vieram para este mundo a passeio. Eles querem tudo e agora. Falo isso com todas as letras porque me considero uma delas. Sei que “millenials” é muito mais que um perfil de comportamento e pensamento do que uma geração. Se olharmos com os padrões corporativos de antigamente, como muitos por aí têm feito, chegaremos a conclusão de que estes jovens (como eu e provavelmente você que está lendo) são os piores empregados da face da Terra. Tudo isso porque eles querem um pouco mais de “diversão e arte” e propósito para passar oito horas por dia trancados em um escritório.
Parece fazer sentido? Se sim, não interessa a sua idade, você provavelmente faz parte do time dos millennials. Imagino que você também tenha um diabinho todos os dias na sua cabeça dizendo que você vive mais tempo no seu trabalho do que na sua casa. Se não fizer sentido, esse texto é perfeito para você.
Antes de mais nada, é preciso aceitar que regras desse jogo mudaram e que essa geração chegou questionando tudo o que se fazia até então. Feito isso, tente olhar com bons olhos este novo mindset. Tenho certeza que você verá a contribuição que os jovens podem, e já estão fazendo, no mercado de trabalho. Para que você compreenda estes tais millennials, aí vai uma lista resumida do que eles precisam no ambiente de trabalho:
Liberdade com produtividade: não imponha regras se você não tiver uma boa justificativa para elas. Estruturas rígidas conflitam com o anseio de liberdade, que pauta o mindset das gerações pós-modernas. Cobre a produtividade, é claro, mas saiba a hora de ser flexível. Os jovens estão dispostos a adiantar suas demandas, se puderem ir no show da vida deles e não trabalhar na manhã seguinte.
Feedbacks constantes e pequenas recompensas: os millennials têm pouco apego a estabilidade e se não estiverem se sentindo reconhecidos, eles mudam logo de emprego. Para eles, o importante é ser fundamental para empresa, fazer a diferença, e que seus valores estejam alinhados com os propósitos de onde trabalha. Portanto, se vire: você precisa reconhecer o tempo inteiro que o seu time é incrível. E deve ser mesmo! Afinal, você que escolheu eles no meio de tantos outros currículos recebidos. Caso contrário, você ficará sozinho e poderá perder grandes profissionais. Mas, saiba reconhecer do jeito certo;
Espaço para ser autêntico: pessoas não são máquinas e os sentimentos da vida pessoal interfere sim, e muito, no mercado de trabalho. É muito importante criar um espaço para que a equipe possa dizer: “Nessa semana não estou bem, por isso, a minha produtividade caiu” ou então “Voltei de um final de semana maravilhoso e estou supermotivado para colocar aquele projeto no ar”;
Pouco cacique para muito índio: aquelas hierarquias absurdas não fazem mais sentido. Não espere que os millennials fiquem horas extras no escritório para puxar o saco do chefe. Eles querem relações mais horizontais, em que também façam parte das decisões da empresa. E pode ter certeza: se você der este espaço, eles irão encarar o negócio como sócios e levará o negócio para cima;
Verba para sair da caixa: impondo menos “nãos” e entendendo os questionamentos do millennials, você vai perceber a importância de um ambiente leve e descontraído para trabalhar. Surpreenda o seu time e quebre protocolos. Uma cerveja na sexta-feira, um picnic para uma reunião ou uma mesa de ping-pong no lugar de uma de reuniões pode sim fazer toda a diferença e, ao contrário do que pensa o senso comum, pode aumentar a motivação dos millennials para continuar vestindo a camisa da empresa.
Então, para não matar os millennials de tédio, não lhes dê só um emprego. De uma experiência de trabalho incrível. Com certeza todos sairão ganhando no final do dia e a saúde da sua empresa irá agradecer.
Greta Paz. Fundadora da MPQuatro, startup dedicada a produção de webvídeos. A empresa atua na produção, roteirização, finalização de conteúdos e seu diferencial está na ativação no ambiente online, com um custo acessível às PMEs, porque realiza o ciclo completo de divulgação e elimina a necessidade de contratação de diversos prestadores de serviço.