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Morre a 1ª mulher a obter registro de jornalista no Paraná

Morre a 1ª mulher a obter registro de jornalista no Paraná
Rosy de Sá Cardoso foi a primeira colunista social de Curitiba. (Imagem: reprodução/Alexandre Mazzo/Gazeta do Povo).

Rosy de Sá Cardoso tinha 95 anos e trabalhou por quatro décadas na Gazeta do Povo

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Primeira jornalista mulher a obter registro profissional no Paraná, Rosy de Sá Cardoso faleceu na última quinta-feira, 3, em Curitiba. A profissional considerada pioneira entre as mulheres na imprensa da região estava internada no Hospital da Cruz Vermelha.

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Rosy morreu aos 95 anos, por falência múltipla dos órgãos. Médicos do hospital afirmaram ao G1 que o estado de saúde era decorrente de sua idade avançada. O falecimento foi motivo de homenagens feitas por diversos veículos de comunicação e profissionais com quem ela compartilhou experiências ao longo da carreira de mais de 60 anos.

No jornal Gazeta do Povo, onde Rosy de Sá Cardoso trabalhou por quatro décadas, sua história foi lembrada em matéria que, logo no título, destaca seu pioneirismo na profissão. O texto destaca fatos profissionais e aspectos pessoais da jornalista, como uma carreira de cantora, a trajetória no jornalismo e a paixão por turismo.

“Ela é uma mulher forte e arrojada, que enxerga o todo e tem uma força para superar qualquer obstáculo. Ela tem uma visão de mundo muito interessante e um desapego monstruoso pelas coisas materiais. O valor das coisas para ela era diferente e estava nas viagens, em conviver com as pessoas, na busca incansável pelo conhecimento interno. são coisas assim que me inspiram nela”, afirmou a amiga e ex-chefe Ana Amélia Filizola, à reportagem da Gazeta do Povo.

Luto no Sindicato

Em nota, o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Paraná (Sindijor PR) manifestou tristeza pela morte de Rosy, que foi também a primeira filiada à entidade de classe. O texto descreve sua trajetória no jornalismo e destaca a coragem de iniciar na profissão em uma época em que mulheres não eram bem vistas na imprensa.

“Na época em que iniciou na profissão, ela teve que enfrentar casos de discriminação por pessoas que viam com ‘maus olhos’ a presença de mulheres em redações e até de familiares, que consideravam o ato uma ‘vergonha da família’, segundo seus próprios relatos”, escreve o texto do sindicato.

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Ficha de filiação de Rosy no Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Paraná. (Imagem: reprodução/ Sindijor PR).

Impacto em Curitiba

Para além dos veículos de comunicação e jornalistas paranaenses, a morte de Rosy foi lamentada também pela esfera pública de Curitiba. Em sua página oficial no Facebook, o prefeito Rafael Greca anunciou o falecimento como luto oficial. “Primeira mulher com registro profissional de Jornalista no Paraná. 95 anos de vida encerrada hoje. Era filha de dona Xaguana Gomes de Sá e Jayme Machado Cardoso, irmã de Regina”, escreveu o comunicado.

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Julia Renó

Jornalista. Natural de São José dos Campos (SP), onde vive atualmente, após temporadas em Campo Grande (MS). Formada pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (MS) e voluntária da ONG Fraternidade sem Fronteiras, integrou o time de jornalistas do Grupo Comunique-se de julho de 2020 a abril de 2022.

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