O Museu do Futebol, localizado no estádio do Pacaembu, terá entrada gratuita até 30 de dezembro e uma programação especial com oficinas para o público durante o período de férias escolares. O museu apresenta uma exposição permanente e uma temporária, sobre o futebol nas Olimpíadas, que termina no dia 30.
O espaço apresenta, em sua exposição permente, a história brasileira relacionada ao futebol no século 20, evidenciando o esporte como uma das manifestações culturais do país, por meio de vídeos, fotografias, áudios, objetos, com destaque para a interatividade, que propicia a troca de histórias e memórias com os visitantes. O passeio sensorial é dividido em três partes principais: História, Emoção e Diversão.
“Nossa exposição principal conta como o futebol no Brasil se tornou essa grande paixão nacional, uma exposição que não é feita só para quem ama futebol. Aquela pessoa que vem aqui acompanhar alguém se surpreende muito com o museu e sai daqui encantada. O museu tem essa grande vantagem de agradar realmente todos os públicos. Ele mostra um lado positivo da história brasileira, um lado de paixão, de emoção”, disse a diretora do museu, Daniela Alfonsi.
O museu apresenta também a participação das mulheres no futebol, que já foram proibidas de praticar o esporte no país, com destaque para as jogadoras Marta e Formiga. Na sala Anjos Barrocos, estão as duas jogadoras e mais 25 jogadores homens, que representam os maiores ídolos do futebol brasileiro. “A Marta [foi escolhida] por ter sido a jogadora mais vezes eleita melhor do mundo pela Fifa, e a Formiga por ser a jogadora que mais tempo atuou na seleção brasileira. São dois recordes que nenhum homem conseguiu ter”, disse a diretora do museu.
Interatividade
Crianças e adultos podem testar a velocidade de seu chute no espaço Chute a Gol, além de jogar partidas de pebolim em mesas que tem diferentes esquemas táticos do futebol e participar de oficinas e visitas guiadas gratuitas com a equipe de educadores do museu.
O supervisor do Núcleo de Ação Educativa, Daniel Magnanelli, ressaltou a interatividade do museu, onde o visitante pode “chutar uma bola, bater um pênalti, escolher a jogada a que quer assistir do time do coração ou de alguma seleção que viu jogar”, além de ver imagens e situações que até já presenciou ou que foram contadas por parentes.
“Quando as pessoas chegam ao museu, elas encontram aquilo que elas vivenciaram, por exemplo, senhores que vivenciaram a Copa de 1950. Então não é só a exposição, eles vão trazer a memória que eles tinham sobre o fato, vão compartilhar com um amigo ou familiar que está com ele, com os funcionários e também com uma pessoa que eles nunca viram na vida, alguém que esteja olhando a mesma imagem que ele”, disse Daniel.
Outro destaque do museu é a Sala da Exaltação, que está localizada embaixo da arquibancada do estádio do Pacaembu e mantém as características originais da construção, com suas colunas e finalização em concreto. Nas paredes há a projeção de um vídeo que traz a sensação para o visitante de estar dentro de uma partida de futebol, com uma torcida gritando e pulando.
“Você [pode] ver que a mesma estrutura que sediou a Copa em 1950 ainda está de pé, ainda está inteira e você tem acesso, você pode tocar. Você está embaixo de uma arquibancada e, quando você olha pra cima, você vê de fato que tem todas as curvas de uma arquibancada, você se aproxima”, diz Daniel.
Além da mostra permanente, o público pode conferir, até 30 de dezembro, a exposição temporária O Futebol nas Olimpíadas, que traz as camisas de Barbara e Weverton – goleiros olímpicos -, a bola de futebol usada nas penalidades do jogo que garantiu o ouro olímpico inédito para o Brasil em 2016; a mostra traz, entre outras instalações, cartazes de todas as edições dos Jogos Olímpicos Modernos.
O museu não abrirá nos dias 24, 25, 31 de dezembro e 1º de janeiro. De 20 a 30 de dezembro, a entrada é gratuita. Após esse período, os ingressos custam R$ 9 (inteira) e R$ 4,50 (meia), com entrada gratuita todos os sábados.
Veja aqui a programação das oficinas especiais.
Reportagem: Camila Boehm
Edição: Fábio Massalli