Daniel Mello*
Ao longo desta semana, até 11 de dezembro, os 19 museus estaduais de São Paulo fazem mobilização contra as diversas formas de preconceito. Intitulada “Sonhar o Mundo”, a ação traz palestras, rodas de conversa, exibições de filmes e intervenções artísticas, abordando o tema sob diversos aspectos. “Se as pessoas estão, de alguma maneira, sendo educadas para o preconceito, a gente também pode usar as nossas instituições para tensionar esse olhar”, diz a diretora de Museus da Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo, Cristiane Batista.
No Museu da Imigração, localizado na Mooca, zona oeste paulistana, entra em cartaz a exposição “Direitos Imigrantes: Nenhum a Menos”, feita em curadoria compartilhada com refugiados que vivem na capital. No Museu Afro Brasil, no Parque Ibirapuera, na zona sul da cidade, estará disponível a visita guiada “Sonhar o Mundo sem Racismo”.
Dentro da Estação República do Metrô, no centro, onde fica o Museu da Diversidade Sexual, será dada orientação a pessoas que sofreram discriminação. “Qual é a rede de proteção que essa pessoa deve procurar. O que ela pode fazer para denunciar isso”, destaca Cristiane sobre as informações que serão fornecidas pela Comissão de Diversidade Sexual da Ordem dos Advogados do Brasil.
Os acervos das instituições também terão destaques sobre peças específicas. “Você tem, por exemplo, uma sala de DNA no Catavento que trás essa questão. Afinal, a descoberta do DNA elimina a questão de raça, não existe uma diversidade de raças”, exemplificou a diretora.
Um mural colaborativo será montado no Memorial da Resistência, a partir do convite feito a grupos, movimentos sociais e organizações que atuam na região do centro de São Paulo. A obra, que poderá ser vista na instituição, que fica na Luz, terá como tema política e diversidade.
A programação completa pode ser vista na página da Secretaria de Cultura.
*Edição: Graça Adjuto.