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Música em sala de aula transforma o aprendizado

28/8/2020 –

Desde muito cedo as crianças interagem com os sons e suas infinitas formas: mães cantam para os bebês enquanto ainda estão na barriga, desenhos animados são cheios de melodia e qualquer produção cultural nos envolve com ritmos e sons que, juntos, despertam inúmeros sentimentos. A música naturalmente vai se fazendo presente em todas as etapas da vida. Com isso, nada mais justo que essa arte estivesse presente também na Educação desde a infância.

O ensino de Música nas escolas brasileiras é estipulado por lei desde 2008 e, apesar de bem antes disso já existirem muitas escolas que ofereciam esse aprendizado, ainda hoje é possível encontrar muitas escolas que não tiram proveito dessa arte na sua rotina de ensino. Para o doutor em Música e mestre em Comunicação e Linguagens Tiago Madalozzo, a justificativa para a presença da música nas escolas é sua presença em todas as culturas humanas. “Tem muitos musicólogos que já conseguiram evidências científicas de que não existiu nenhuma comunidade humana sem música e, por conta disso, penso que já seria suficiente esse argumento. Como ela é algo que faz parte da nossa cultura, ela merece ter um espaço para acontecer na escola”, defende.

“Na infância isso fica ainda mais evidente. Sabemos que qualquer criança no momento em que está sozinha ou interagindo com outras crianças, sempre está agindo e se expressando por meio da arte. É difícil imaginarmos a imagem de uma criança parada, sem se mexer, sem cantar ou sem balbuciar uma música, porque isso faz parte, é algo quase que natural da vida da criança”, explica Madalozzo.

A mestre em Música, especialista em Regência Coral e Google Innovator, maestrina Priscilla Prueter, destaca os impactos que a música causa no desenvolvimento do ser humano. “Ainda há nas escolas aquela posição das carteiras em que o aluno vê a nuca do colega da frente e o professor com um quadro. Mas, quando você trabalha a voz e o corpo, você está dando um espaço diferente para essa criança, um local diferente, um lugar de fala diferente. Ela vai ganhar voz. Inclusive no estudo de canto, quando você começa a estudar a técnica vocal, você acaba mudando aspectos da sua personalidade. Porque quando você abre a voz e canta na frente de outra pessoa, isso acaba mudando aspectos da sua personalidade”, expõe.

Segundo estudos realizados por pesquisadores alemães, pessoas que analisam tons musicais apresentam área do cérebro 25% maior em comparação aos indivíduos que não desenvolvem trabalho com música. Os que estudaram as notas musicais e as divisões rítmicas obtiveram notas 100% maiores que os demais colegas em relação a um determinado conteúdo de Matemática. Em um outro estudo, realizado pelo Laboratório de Neurociência da Northwestern University nos EUA, jovens que haviam tido contato com o ensino musical desde a infância mostravam-se mais bem-sucedidos em atividades como discursar em público e na leitura e interpretação de livros, por exemplo.

Tiago Madalozzo e Priscilla Prueter debatem esse tema, com exemplos práticos e dicas para professores, em uma conversa de aproximadamente trinta minutos no sexto episódio do podcast PodAprender, com o tema “Ensinando com música – como aprimorar o ensino com a musicalização”. Com produção da Central Press Brasil, o PodAprender é uma realização da Editora Aprende Brasil, que atende 266 mil alunos em mais de 200 municípios brasileiros. Ao longo de 24 episódios quinzenais, são abordados temas relacionados à Educação com convidados com vasta experiência na área. O programa pode ser ouvido no site http://sistemaaprendebrasil.com.br/podaprender/, nas plataformas Spotify, Deezer, Apple Podcasts, Google Podcasts e nos principais agregadores de podcasts disponíveis.

Website: http://sistemaaprendebrasil.com.br/

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Anderson Scardoelli

Jornalista "nativo digital" e especializado em SEO. Natural de São Caetano do Sul (SP) e criado em Sapopemba, distrito da zona lesta da capital paulista. Formado em jornalismo pela Universidade Nove de Julho (Uninove) e com especialização em jornalismo digital pela ESPM. Trabalhou de forma ininterrupta no Grupo Comunique-se durante 11 anos, período em que foi de estagiário de pesquisa a editor sênior. Em maio de 2020, deixou a empresa para ser repórter do site da Revista Oeste. Após dez meses fora, voltou ao Comunique-se como editor-chefe, cargo que ocupou até abril de 2022.

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