MVNO (Mobile Virtual Network Operator, na sigla em inglês – Operada Móvel com Rede Virtual em tradução livre), consiste em uma companhia telefônica móvel ao invés de possuir uma rede própria, utiliza operadoras tradicionais. Tal modalidade pode trazer maior flexibilidade tanto para a criação de produtos e serviços como para oferecer um atendimento mais personalizado e próximo.
Podendo ser usada como alternativa para o meio corporativo, as empresas buscam constantemente por modelos mais flexíveis e de simples contratação, motivo pelo qual a adoção da tecnologia vem em uma crescente no Brasil.
Segundo publicação do FMI (Future Market Insights), organização de pesquisa de mercado norte-americana, o MVNO tem perspectiva de expansão no mercado global com um CAGR (Compound Annual Growth Rate, na sigla em inglês – Taxa de Crescimento Anual Composta, em português) moderado de 7,7% no próximos dez anos (entre 2022 e 2032).
Ainda segundo o levantamento, o mercado MVNO está avaliado em US$ 70,3 bilhões (R$ 373,52 bilhões) em 2022 e deve chegar a US$ 147,7 bilhões (R$ 784,76 bilhões) até 2032. Entre 2016 e 2021, o crescimento foi ainda mais alto, de 8,3%, resultando em tamanho de mercado de US$ 64,8 bilhões (R$ 344,30 bilhões) em 2021.
O relatório do FMI destaca que o setor de operadoras móveis virtuais vive um momento de expansão com o aumento de serviços digitais e tecnologias como a IA (Inteligência Artificial) e IoT (Internet das Coisas, em português). No Brasil, havia mais de 3.735.089 celulares de MVNO’s em outubro, segundo informações divulgadas pelo portal Teleco.
MVNO é uma alternativa para o meio corporativo
“A MVNO pode, com suas tecnologias e ofertas, moldar produtos e planos que sejam mais aderentes à realidade das empresas e de seus funcionários”, afirma Marco Sandro, CEO da Supernova – operadora celular virtual credenciada Vivo.
O executivo explica que, apesar dos números positivos, muitos ainda têm dúvidas com relação à MVNO e quais são suas principais vantagens em relação às outras modalidades de telefonia.
“MVNO não é uma tecnologia, mas uma licença concedida pela Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) que permite que as empresas utilizem a rede virtual de uma operadora celular existente (proprietária das antenas) para explorar o SMP (Serviço Móvel Pessoal). Para isto, a empresa necessita de uma outorga da Anatel para operar”, explica.
No Brasil, a Anatel regulamentou a existência de dois tipos de MVNOs: credenciado de rede virtual e autorizada de rede virtual. Em março, o país possuía 122 credenciadas e 10 MVNOs autorizadas, segundo a Anatel.
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