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Na mentoria corporativa, escolha de mentor experiente é crucial, diz consultora

Segundo Letícia Rodrigues, da Tree Diversidade, escolha do mentor tem de levar em conta os desafios que o mentorado vai enfrentar na próxima etapa da carreira

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São Paulo 19/8/2020 – Se o objetivo é desenvolver habilidades comerciais, o mentor não precisa ser da área de vendas, mas precisa ter vivência comercial

Entre as várias técnicas de desenvolvimento de pessoas, a mentoria corporativa se destaca por permitir que, num curto espaço de tempo, profissionais adquiram o conhecimento necessário a uma nova etapa da carreira a partir da experiência de outra pessoa com mais quilômetros rodados na estrada corporativa.

Uma mentoria que habilite novos voos, no entanto, depende de uma série de fatores. Entre eles a clareza sobre os desafios a serem enfrentados, o comprometimento de mentor e mentorado com o processo e, sobretudo, a correta escolha do mentor, necessariamente alguém mais experiente que o mentorado no desafio a ser superado.

“O importante é que o mentor tenha bagagem, casca grossa em vivências que o mentorado precisa trabalhar. No caso de um mentorado prestes a ser transferido para outro país, o mentor precisa ser alguém que passou pela mesma situação. Também precisa ser uma pessoa admirada pelo mentorado”, pontua Letícia Rodrigues, sócia-fundadora da consultoria Tree Diversidade.

Ela explica que, diferente do coaching, em que o profissional adquire competências com a intervenção de um especialista, ou da terapia, que trabalha características psicológicas com a ajuda de um psicólogo, a mentoria envolve a troca de experiências em encontros regulares ou pontuais, realizados ao longo de um período máximo entre dez meses e um ano. A periodicidade ideal depende do objetivo a ser atingido, mas é importante haver regularidade e tempo entre as reuniões para o mentorado refletir, absorver o diálogo e transformá-lo em ações.

Nos encontros há papéis definidos. O do mentor é compartilhar vivências boas e ruins, trazer reflexões e provocações ao mentorado, numa conversa que precisa ter um roteiro estruturado, além de disponibilidade, empatia e um objetivo definido. A estruturação da conversa é importante para que a mentoria não se transforme numa “conversa de cafezinho”. Já ao mentorado cabe ter clareza sobre seu desafio e transformar a mentoria em iniciativas, inspiradas ou não na experiência compartilhada.

Rodrigues ressalta que o mentor não precisa ser da mesma área que o mentorado, ter experiência anterior em mentoria, nem mesmo ser considerado um modelo de sucesso. “Se o objetivo é desenvolver habilidades comerciais, o mentor não precisa ser da área de vendas, mas precisa ter vivência comercial, ainda que vendendo projetos internos”, diz.

O autoconhecimento do mentorado, a definição de um objetivo claro e o alinhamento de expectativas são fundamentais. A consultora da Tree Diversidade afirma que um bom ponto de partida para identificar os temas da mentoria são as avaliações de desempenho, de potencial e, desejavelmente, o assessment de carreira que revela características comportamentais. “Tudo isso vira insumo para o profissional decidir, inclusive, se a mentoria é a ferramenta mais adequada”, diz Rodrigues.

Website: https://treediversidade.com.br/

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Anderson Scardoelli

Jornalista "nativo digital" e especializado em SEO. Natural de São Caetano do Sul (SP) e criado em Sapopemba, distrito da zona lesta da capital paulista. Formado em jornalismo pela Universidade Nove de Julho (Uninove) e com especialização em jornalismo digital pela ESPM. Trabalhou de forma ininterrupta no Grupo Comunique-se durante 11 anos, período em que foi de estagiário de pesquisa a editor sênior. Em maio de 2020, deixou a empresa para ser repórter do site da Revista Oeste. Após dez meses fora, voltou ao Comunique-se como editor-chefe, cargo que ocupou até abril de 2022.

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