“Sou absolutamente apaixonada pelo que faço e não consigo me imaginar fazendo outra coisa na vida”. É assim que Patrícia Soares se define: profissional da comunicação por amor e vocação. Iniciou sua formação no curso de Relações Públicas (RP), na Faculdade de Comunicação Social da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (Famecos/PUC-RS), em 1989. Diferentemente dos outros vestibulandos, nunca teve muitas dúvidas sobre o seu futuro profissional. Sua carreira e seu fascínio pelas possibilidades na comunicação foram traçados desde cedo, mas Patrícia chegou a cogitar o curso de Psicologia.
Ainda quando estava no Ensino Médio, a relações-públicas teve a oportunidade de entrevistar o jornalista Cunha Júnior, um dos apresentadores do Jornal do Almoço da época. Ao final da conversa, Júnior a questionou sobre a escolha do curso de graduação e a aconselhou. “Te sugiro investir em alguma área da comunicação. És articulada, tens desenvoltura e és muito bem informada. Tens todas as características para trabalhar e ser bem sucedida.” Mais que um conselho, aquelas palavras foram determinantes para o futuro de Patrícia. Após se informar sobre o curso de RP, eliminou as dúvidas sobre a escolha profissional.
A porto-alegrense, que ingressou no turno da noite, conta que estudar na Famecos era como ter um selo de garantia no currículo, em função da Faculdade representar uma espécie de vanguarda entre os cursos de Comunicação Social. Encantada com o universo acadêmico, Patrícia confirmava sua escolha conforme os semestres avançavam. “Assim como os professores, as disciplinas transmitiam uma série de informações, superando minhas expectativas em relação ao curso”.
Do grupo de docentes, Patrícia destaca Roberto Simões. O profissional é admirado pela estudante e foi responsável por abrir a primeira porta para o mercado de trabalho. O professor não apenas reconheceu a dedicação e o potencial de Patrícia, como também a convidou para fazer um estágio em uma das empresas onde era consultor. O trabalho voltado para o público interno despertou a paixão da relações-públicas pela área, tanto que se dedica a esse segmento da comunicação até hoje.
Patrícia, que se graduou com 21 anos, foi oradora da turma de diplomados de Relações Públicas de 1993. Para ela, o momento da formatura era a concretização de um sonho. Após 23 anos, ela relembra com carinho dos quatros anos que frequentou o prédio 7. “A Famecos foi, sem dúvida, um dos melhores momentos da minha vida”. Apesar de ter ingressado na faculdade com interrogações, saiu dela com certezas e sonhos. “Foi lá que descobri, entre tantas possibilidades, a minha paixão pelo público interno. Mesmo com algumas dificuldades impostas pelo mercado, nunca me arrependi desta escolha”, afirma saudosa.
Embora tenha trabalhado na área durante quase todo o período acadêmico, Patrícia, ao se formar, ficou desempregada. Incapacitada de atuar com o que gostava, esperou três anos para trabalhar com o que realmente a realizava. “A frustração de não trabalhar com o que amava começou a incomodar, então decidi fazer cursos de extensão para sentir prazer exercendo minha profissão”, conta.
Desde fevereiro de 2008, Patrícia está à frente da Unidade Móvel Endomarketing e Comunicação. A relações-públicas atende empresas de médio e grande porte de forma personalizada, em Porto Alegre e na serra gaúcha. “Sempre digo que os princípios que nos orientam são estratégia, criatividade e emoção. E a gente aprende desde o começo da faculdade que estratégia e planejamento são a essência de um trabalho bem fundamentado de Relações Públicas”.
Aos futuros comunicadores, ela aconselha que façam estágios durante a faculdade e estabeleçam relações baseadas na verdade e no conhecimento. “É importante dedicar-se, estabelecer vínculos, adquirir mais e mais conhecimento e sobretudo ser verdadeiro e gostar daquilo que faz”.
Bianca Gross. Estudante de jornalismo da Faculdade de Comunicação Social da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (Famecos/PUC-RS)